O Hospital Instituto Dr. José Frota (IJF), referência de socorro às vítimas de traumas de alta complexidade, garantiu que as cirurgias eletivas continuarão sendo realizadas na unidade, após a denúncia do Sindicato dos Médicos do Ceará de que os procedimentos seriam suspensos por falta de pagamento aos profissionais da Cooperativa de Médicos Anestesiologistas do Ceará (Coopanest).
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Na manhã desta sexta-feira (16), a Prefeitura de Fortaleza lançou um mutirão de cirurgias eletivas que deve contemplar 12.288 pacientes da capital cearense, além de 466 vindos do interior do estado. A iniciativa integra o Plano Municipal de Redução de Filas Eletivas, contemplando procedimentos nas áreas de ginecologia, ortopedia, oftalmologia e geral.
Conforme a gestão municipal, as cirurgias oculares serão realizadas por meio de contratualização com a filantrópica Instituto Práxis de Educação, Cultura e Ação Social, localizado no Hospital Distrital Doutor Fernandes Távora. Já outros 2.451 procedimentos cirúrgicos nas especialidades ginecológica, ortopédica e geral serão realizados nos hospitais Zilda Arns Neumann (Hospital da Mulher), Instituto Doutor José Frota (IJF), Universitário Walter Cantídio (HUWC) e Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac).
Cirurgias eletivas no IJF
Na tarde desta sexta-feira (16), o Sindicato dos Médicos do Ceará anunciou, nas redes sociais, que as cirurgias eletivas prestadas pela Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Ceará (Coopanest) no Hospital Instituto José Frota (IJF), em Fortaleza, seriam suspensas por falta de pagamento aos médicos.
“Diante desta situação, que não atinge somente os médicos, como toda a população que necessita dos serviços, o Sindicato dos Médicos do Ceará solicita esclarecimentos ao prefeito Sarto e à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza sobre como se dará a realização do mutirão de cirurgias e qual previsão para regularizar os pagamentos dos profissionais”, diz trecho da nota da entidade.
O diretor-presidente da Coopanest, Júlio Rocha, informou ao Portal GCMais que os atrasos salariais por parte da Prefeitura ocorrem desde setembro de 2023.
“A Coopanest tem um contrato com o IJF que vence no dia 8 de abril. Ainda não fomos informados se será feita a renovação, mas estava com um atraso. O prazo de pagamento dado foi até terça-feira, o mês de setembro. Já havia motivo para suspensão de atendimentos, mas a gente como parceria manteve até terça-feira, porque vão regularizar esse pagamento atrasado. A princípio essa descontinuidade de atendimento é somente de cirurgias eletivas. Espero que isso seja solucionado porque até o final do mês de fevereiro, são 88 escalas de seis horas. Se você imaginar que vai operar um ou dois pacientes por turno, você passa de mais de 100 pacientes em pouco tempo que vão deixar de ser operados pela cooperativa. Se vai ter servidor que vai dar conta disso, a chefia é que vai decidir”, afirmou Júlio.
Mutirão de cirurgias
O Plano Municipal de Redução de Filas Eletivas tem o objetivo de zerar a fila de espera para pacientes oftalmológicos, contemplando aqueles inseridos entre janeiro de 2020 e dezembro de 2023. Para isso, serão aplicados R$ 17,7 milhões, como parte do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF).
A inclusão de pacientes do interior foi definida na Comissão Intergestores Bipartite do Estado do Ceará (CIB/CE), por meio de adesão voluntária desses municípios. O agendamento dos pacientes e os exames pré-cirúrgicos serão realizados diretamente, por intermédio do município de origem.
No caso dos pacientes da capital cearense, a SMS entrará em contato por meio dos telefones informados no ato do cadastro no posto de saúde. Com isso, em caso de mudança de telefone ou endereço, a orientação da Secretaria é que o paciente procure a unidade de saúde em que é cadastrado e faça a atualização. Os pacientes também podem acessar as confirmações de consultas e exames por meio do aplicativo Mais Saúde Fortaleza.
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