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STF julgará Plano Collor Rural com repercussão geral após 30 anos

STF julgará Plano Collor Rural com repercussão geral após 30 anos

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que julgará, com repercussão geral, se produtores rurais poderão reaver a diferença de taxas de juros de financiamentos bancários reajustadas, da noite para o dia, pelo Plano Collor Rural, na década de 1990.

A Corte vai analisar o tema por meio de um recurso extraordinário do Banco do Brasil. De acordo com o processo, BB, Banco Central e União relatam que o impacto da discussão seria de quase R$ 240 bilhões.

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Já representantes dos produtores rurais falam em R$ 30 bilhões. Ainda não há data para o julgamento, mas o relator já está definido, sserá o ministro Alexandre de Morais.

Na época a medida afetou milhares de contratos em vigor. A inadimplência teve um salto naquele ano e o endividamento foi apurado em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, que motivou
uma ação civil pública do Ministério Público Federal(MPF).

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Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Pedro de Camargo Neto, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), na época do início do processo, em 1994, lamentou o atraso na solução do caso.

“O Plano Collor, ao alterar a indexação do ativo e passivo do agricultor, criou uma enorme inadimplência. Foram anos até ajustar a situação, com securitização e até uma CPI que não levou a nada”, lembrou.

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