Chefe do Executivo destacou a relação preferencial do Brasil com o continente africano
Na África, Lula defende ampliação de negócios no Sul Global
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço da viagem oficial ao continente africano. Ele destacou a importância do discurso na abertura da 37ª Cúpula da União Africana — em Adis Abeba, capital da Etiópia — pela oportunidade de falar a quase todos os países de África de uma única vez. Lula também afirmou que o Brasil precisa criar laços de negócios focados no Sul Global.
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“Nós precisamos voltar a ser mascates, viajar esse mundo, conversar com todas as pessoas necessárias para que a gente possa vender aquilo que o Brasil seja capaz de produzir e para que a gente possa comprar aquilo que os outros países precisam vender ao Brasil e o Brasil precisa. É esse mundo que nós precisamos criar, que eu chamo de subglobal. É esse mundo novo que está à nossa frente, aos nossos olhos. Não tem explicação que a gente não tenha isso na nossa cabeça pra gente fazer o investimento necessário”, disse o presidente brasileiro.
O chefe do Executivo destacou a relação preferencial do Brasil com o continente africano.
“Não só porque o continente africano faz parte da nossa história, faz parte da nossa cultura, faz parte do nosso jeito de ser, do nosso jeito de falar, do nosso jeito de cantar, faz parte da nossa cor; mas também porque o continente africano é um espaço extraordinário e, no futuro, a gente acredita que o Sul Global vai ser a novidade no século XXI na nova economia mundial”, analisou Lula.
Lula quer ampliar negócios no Sul Global
Lula ainda falou em discutir, durante o G20 no Brasil, o funcionamento das instituições financeiras internacionais e das Nações Unidas. Ele reforçou a necessidade da entrada de outros países no Conselho de Segurança da ONU.
“Eu tenho dito aos companheiros, presidentes que eu tenho conversado, que a gente não tem que esperar a boa vontade de alguém que é fixo hoje no Conselho de Segurança entender que é hora da gente entrar no Conselho de Segurança. Quem estar não quer que ninguém mais entre. Quem tem que apertar somos nós que estamos de fora que queremos construir uma nova geografia mundial balizado na realidade local. A geopolítica é outra, diferente de 45, diferente de 48, diferente de 50. Agora o mundo é outro”, afirmou Lula.
Durante a entrevista coletiva à imprensa, neste domingo, Lula também voltou a reconhecer a “dívida histórica” brasileira com os países africanos e se comprometeu a investir em parcerias para impulsionar o desenvolvimento do continente.
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