O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, classificou como “absurda” a decisão de Israel de considerar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “persona non grata” após declarações do petista sobre a guerra.
“Isso é coisa absurda. Só aumenta o Isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel”, disse o assessor em entrevista para o blog da jornalista Andreia Sadi.
A decisão de Israel veio após Lula ter comparado a postura de Israel no conflito na Faixa de Gaza ao Holocausto, contra a população judia, na Segunda Guerra Mundial. A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz. Já o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, disse que vai convocar o embaixador brasileiro para uma “conversa dura de repreensão”.
“A comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que destruíram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”, pontuou o ministro das Relações Exteriores.
Lula
Em entrevista coletiva durante viagem oficial à Etiópia, o presidente brasileiro classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio, criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”. “Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, disse Lula.
Com informações da Agência Brasil.
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