O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depõe nesta quinta-feira (22) para a Polícia Federal (PF), sobre os fatos apurados na operação Tempus Veritatis. A investigação trata da suspeita de tentativa de golpe de Estado no Brasil, com o objetivo de manter Bolsonaro no poder.
Na ocasião, também vão prestar depoimento Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça da gestão Bolsonaro; Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partido de Bolsonaro; Braga Netto, ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro; Almir Garnier, ex-comandante geral da Marinha; Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Mário Fernandes, ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência; Bernardo Ferreira de Araújo Júnior; os coronéis do Exército Marcelo Costa Câmara, Cleverson Ney Magalhães, Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército); e o oficial do Exército Ronald Ferreira de Araújo Junior.
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Na última terça-feira (20), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa de Bolsonaro para que ele fosse dispensado de comparecer à PF para o interrogatório. Na segunda (19), o magistrado já havia negado o pedido da defesa por um adiamento da oitiva. A alegação era de que os advogados de Bolsonaro não tinham tido acesso integral ao processo. O argumento havia sido rebatido pelo ministro, que negou tal obstrução aos autos.
Também em decorrência da Operação Tempus Veritatis, deflagrada há quase duas semanas pela PF, Bolsonaro teve o passaporte apreendido e foi proibido de se comunicar com os demais investigados.
Em entrevista exclusiva à RECORD, em 9 de fevereiro, o ex-presidente criticou as ações da Polícia Federal e negou ter tentado dar um golpe de Estado. Na ocasião, ele ainda falou sobre os atos do dia 8 de janeiro de 2023, negando participação no ocorrido e classificando-o com um “ato de baderna” que foi “arquitetado pela esquerda”.
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