Durante depoimentos simultâneos à Polícia Federal (PF), nessa quinta-feira (22), aliados e o ex-presidente Jair Bolsonaro adotaram abordagens distintas em resposta às suspeitas de tentativa de golpe de Estado. Enquanto Bolsonaro e o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, optaram pelo silêncio durante o interrogatório, Valdemar Costa Neto, presidente do PL (Partido Liberal), quebrou o voto de silêncio e respondeu às perguntas. No total, foram colhidos 13 depoimentos de investigados na Operação Tempus Veritatis, realizada pela PF.
Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto e General Heleno:
O ex-presidente permaneceu cerca de 30 minutos na sede da Polícia Federal e optou por não responder às perguntas. Braga Netto e Augusto Heleno, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), seguiram a mesma linha, alegando falta de acesso ao conteúdo das investigações.
Anderson Torres:
O ex-ministro da Justiça respondeu aos questionamentos dos investigadores por mais de cinco horas, negando qualquer envolvimento em reuniões relacionadas à elaboração de um decreto golpista e declarando nunca ter frequentado acampamentos em quartéis do exército.
Valdemar Costa Neto:
O presidente do PL também respondeu às perguntas e sua defesa afirmou que as questões foram respondidas. A PF investiga o papel de Valdemar no “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral”.
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Filipe Martins:
O ex-assessor de Bolsonaro, atualmente detido, decidiu falar sobre o episódio, transmitindo um depoimento que seus advogados descreveram como “claro e objetivo”.
Coronel Marcelo Câmara e Tércio Arnaud Tomaz:
Ambos os investigados prestaram depoimento. Câmara, responsável por um suposto sistema paralelo de inteligência, foi levado de volta ao batalhão onde está detido, enquanto Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro, negou participação em reuniões sobre o golpe.
Investigação em Andamento
O grupo de aliados de Bolsonaro é investigado pela PF por uma suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. A PF obteve informações através da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, e confirmou os dados através dos dispositivos móveis dos investigados. O PL é acusado de financiar e comandar a estrutura de apoio ao golpe.
*Com informações do portal parceiro R7.
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