Quase submerso, Mara Hope representa riscos para banhistas e outras embarcações

Encalhado há 39 anos no mar de Fortaleza, o Mara Hope, embarcação que por muito tempo foi ponto turístico da cidade, hoje representa um risco para banhistas e outras embarcações à medida que aumenta o processo de deterioração, fazendo o navio afundar cada vez mais. Nesta semana, parte da estrutura chegou a ceder e formar uma espécie de rampa.

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O navio petroleiro está no local desde 6 de março de 1985. Desde então, permanece no meio do mar à deriva, mas segundo Augusto César, arqueólogo subaquático e membro do Instituto Histórico do Ceará, não faltaram tentativas de desencalhe da embarcação.

“Ele estava ao longo da costa cearense e o rebocador teve um problema, então, em função do rompimento dos cabos de amarração ele saiu derivando por cerca de dois quilômetros e encalhou. Posteriormente avaliado pela empresa seguradora, verificou-se que não era economicamente viável a retirada dessa embarcação”, esclarece.

Mara Hope: os riscos para banhistas e embarcações

Com a estrutura comprometida, a orientação é não se aproximar da embarcação já que ela apresenta perigo para os visitantes. Para a garantia da segurança da navegação, o casco do navio está representado na Carta Náutica da Costa Brasileira, mas quando estiver totalmente submerso pode representar um risco ainda maior.

“Ele tem algumas complicações. A questão da transparência da água. É uma água um pouco suja em função da proximidade da costa e também a estrutura está colapsando no sentindo de estar se desconstruindo, então ela oferece um risco muito grande a quem penetra na embarcação”, complementa Augusto.

Banhistas costumam nadar até o Mara Hope para explorar a estrutura interna do navio além de fazer saltos no mar a partir da região mais alta da embarcação.

Apesar de todos os perigos e de estar prestes a desaparecer da vista de fortalezenses e turistas, a história do Mara Hope desperta a curiosidade de quem visita o local e vai ficar marcada para sempre na memória dos cearenses.
“Hoje a gente pode vislumbrar ainda esses momentos não é? Até quando a gente não sabe, mas de fato é algo muito marcante e também um ponto turístico em Fortaleza, afirma o professor Felipe Almeida.

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