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Fraude em licitações: Operação mira prefeito e empresários de Juazeiro do Norte

Fraude em licitações: Operação mira prefeito e empresários de Juazeiro do Norte

Foto: Reprodução

O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), é alvo de operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), junto com uma secretária da administração municipal, um ex-secretário e empresários atuantes na cidade. O MP apura suspeita de fraude em licitações em âmbito municipal.

Foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (13), no total, 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Juazeiro do Norte, Aquiraz e Tejuçuoca, nas residências do prefeito e também da secretária e do ex-secretário de Meio Ambiente e Serviços Públicos. Foram cumpridos mandados também nas residências de três empresários e nas sedes das empresas investigadas. Foram apreendidos aparelhos celulares e documentos que devem orientar a continuidade da investigação.

A pedido do Ministério Público, o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) determinou ainda o afastamento por 180 dias da secretária e as quebras dos sigilos bancário e fiscal dos envolvidos.

Conforme a apuração do MP, um dos empresários investigados fez uma doação para a campanha eleitoral de Glêdson Bezerra e, após a eleição dele, teria assumido a gestão da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos – nomeando como titulares o seu genro, inicialmente, e em seguida uma funcionária da sua empresa.

Com isso, comandando a Secretaria, o empresário teria executado um dos contratos de maior valor para o município, que seria o relativo à limpeza pública. A investigação também encontrou indícios de que foram celebrados contratos fraudulentos, com “violação ao caráter competitivo do processo licitatório”.

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Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, falsidade ideológica e associação criminosa.

A operação foi deflagrada por meio da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), com apoio da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).

A operação, denominada Nulum Pactum, tem nome inspirado no latim – a expressão se refere a um acordo de vontades sem que exista um suporte legal, ou seja, um acordo que não possui os requisitos necessários para ser considerando válido.

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