O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pela falsificação de certificados de vacinas contra a covid-19. Ele poderá responder, com isso, pelos crimes de associação criminosa e de inserção de dados falsos em sistema público. Além dele, também foram indiciados o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Com isso, o processo agora vai para as mãos do Ministério Público, que então decidirá se vai apresentar denúncia sobre o caso à Justiça. Há ainda a possibilidade de o MP arquivar o caso.
Polícia Federal: Bolsonaro é indiciado por fraude
A ocorrência diz respeito a possível adulteração das informações do cartão de vacina de Bolsonaro, via inserção ilegal de dados no sistema do Ministério da Saúde. A Contrladoria-Geral da União (CGU) passou a investigar, em 2023, se houve a manipulação, tendo chegado a confirmar essa informação à Record. A CGU aponta que Bolsonaro teria recebido o imunizante da Janssen em 19 de julho de 2021.
Já em 2024, a CGU concluiu que existiu a adulteração e que o comprovante de vacinação de Bolsonaro é falso. O órgão ouviu o funcionário que era responsável pela UBS Parque Peruche, na época em que Bolsonaro supostamente teria se vacinado, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais de saúde. Eles afirmaram que o ex-presidente nunca esteve no local. À época, no entanto, a equipe técnica da CGU recomendou o arquivamento do caso por não ter encontrado provas suficientes contra funcionários públicos durante a apuração.
A CGU encontrou fraudes em São Paulo e no Rio de Janeiro, o que levou a PF também a abrir uma investigação sobre o caso, mas concentrada no que ocorreu no estado fluminense.
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