CASO RARO

Litopedia: entenda o caso do feto que ficou calcificado no corpo da mãe por 56 anos

Idosa passou por cirurgia para remover o feto, mas morreu dias depois

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19 de março de 2024
Portal GCMAIS

Uma idosa de 86 anos procurou atendimento médico após sentir fortes dores abdominais, com exames os médicos encontraram um feto mumificado no útero da paciente. O caso raro foi registrado na semana passada no Hospital Regional de Ponta Porã, localizado em Mato Grosso do Sul.

Litopedia: entenda o caso do feto que ficou calcificado no corpo da mãe por 56 anos
Foto: Reprodução

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A paciente apresentava uma massa abdominal, que inicialmente os médicos acreditavam que poderia ser câncer, mas os exames revelaram um feto. O último parto da idosa ocorreu há 56 anos. Ela passou por cirurgia para remover o feto, mas morreu dias depois. A causa da morte ainda não foi divulgada.

A suspeita é que o feto papiráceo, quando ocorre espécie de calcificação do bebê morto, estivesse com a paciente há pelo menos 56 anos, quando ela teve o último parto. Situações como essa podem acontecer em gestações de um ou mais fetos. Quando um deles morre, o organismo pode rapidamente absorver os fluídos fetais, fazendo com que haja o “sumiço” parcial ou total daquela formação.

Litopedia: entenda o caso do feto que ficou calcificado no corpo da mãe

A litopedia é consequência de uma gestação ectópica, quando o óvulo fertilizado é implantado fora do útero. A gravidez ectópica sempre evolui para a morte do feto e, em casos raros, pode haver a calcificação.

Em situações assim, para proteger a mãe de uma infecção, o sistema imunológico reconhece o feto como um corpo estranho e faz uma película protetora de cálcio em torno dele.

O secretário de Saúde da cidade, Patrick Derzi, confirmou o caso raro registrado na unidade hospitalar. “Conversei com o médico hoje [18 de março]. Ela deu entrada no hospital por outro motivo, alguma infecção e dores abdominais. Antes disso, nunca teve queixa”.

Ele não soube dar detalhes como quando foi a cirurgia, quanto tempo levou e o que fez a paciente ir a óbito. O secretário, que também é médico, explicou que o responsável pela paciente teve autorização da família dela para publicar artigo científico sobre o feto papiráceo.

O secretário municipal de saúde de Ponta Porã, Patrick Dezir, explicou que a paciente morreu em decorrência de um quadro grave de infecção generalizada.

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