O ex-ministro e ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) fez críticas direcionadas a antigos aliados, entre eles o irmão Cid Gomes (PSB), e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT). As declarações foram dadas minutos antes de se reunir com dirigentes partidários em Fortaleza, nesta quarta-feira (20).
>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
“Eu ajudei a fundar esses dois, essas duas personalidades, tenho segurança, sem qualquer tipo de coisa, pensando no bem do Ceará. Não fiz pra mim, nunca fui candidato outra vez municipal, eu criei a vida desses dois. E eu nunca pensei que aquilo que eu estava fazendo fosse resultar nisso”, disse.
Ciro Gomes diz ter ajudado a fundar Cid e Camilo Santana
O pedetista encontrou o prefeito de Fortaleza, José Sarto, e integrantes da base municipal, mas dedicou parte da entrevista coletiva para criticar as forças governistas estaduais, a quem ele passou a fazer oposição desde 2022, após 15 anos como aliado.
O ex-ministro relatou que tem mantido diálogos frequentes com o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) sobre o que está ocorrendo no Ceará. O tucano foi um dos principais fiadores da eleição de Ciro ao Governo do Ceará em 1991 para sucedê-lo.
De acordo com Ciro Gomes, o trabalho que ele e Tasso desempenharam naquele período está sendo desmontado e destruído. Para o pedetista, a situação política no Estado caminha para se comparar ao período da ditadura militar.
“Há um esforço quase sistemático de construir uma certa ditadura no Ceará que nem os coronéis tentaram, porque pelo menos entre eles eram três, e a divergência entre Virgílio (Távora), Adauto (Bezerra) e César (Carls) acabava permitindo determinar… Mas, ainda assim, o acordo que fizeram fez muito mal ao Ceará”, comparou.
Leia também | Fernando Miguel passa por cirurgia no joelho esquerdo e ficará nove meses afastado