O Ceará registrou um total de 354 ocorrências de LGBTfobia – incluindo casos de discriminação por homofobia ou transfobia – ao longo de 2023, equivalente a 24,2% a mais do que o registrado no ano anterior. Em 2022, foram 285 ocorrências registradas, e na época já havia sido observado um crescimento de 114,3% em relação ao ano anterior, 2021.
Desse total, mais da metade das ocorrências (201 das 354, ou uma parcela de 56,8%) foi registrada na capital Fortaleza. Em seguida, aparecem os municípios de Juazeiro do Norte (4,5%), Maracanaú (3,1%) e Sobral (2,5%). A ocupação mais recorrente entre as vítimas denunciantes é estudante (9,3%).
Cerca de um a cada quatro ocorrências (25,4%) ocorreram em residência particular, enquanto 15,3% aconteceram em via pública, 13% em ambiente virtual (internet) e 6,2% na escola.
Do total observado, 80,5% dos casos denunciados foram de homofobia, enquanto 19,5% foram de casos de transfobia. Em identidade de gênero, quase metade (49,2%) dos denunciantes eram homens cis, enquanto as mulheres cis somavam 20,6%, mulheres trans 4,8%, travestis 3,7% e homens trans 2,8%. O levantamento também aponta que, em orientação sexual, 37% dos denunciantes eram gays, 20,1% heterossexuais, 12,7% lésbicas e 8,5% bissexuais – os heterossexuais, no caso, denunciaram casos de transfobia, de discriminação por identidade de gênero.
No ano de 2024, já foram registrados até o momento 51 ocorrências no Ceará, sendo 44 de conduta homofóbica e 7 de conduta transfóbica.
Os dados são extraídos do Sistema de Informações Policiais (SIP) da Policia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública -(Supesp).
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