O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, voltou a ser preso nesta sexta-feira (22) após prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento começou às 13h05 e, por volta das 14h30, Cid foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) pela Polícia Federal.
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Após a audiência de confirmação dos termos da colaboração, o Ministro Alexandre de Moraes deferiu o mandado de prisão preventiva contra Cid por descumprimento das medidas cautelares e obstrução à jurisdição.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, queria explicações sobre os áudios divulgados pela revista “Veja” na quinta-feira (21), que indicam que Mauro Cid teria afirmado a um interlocutor que os policiais, ao interrogá-lo, queriam que ele falasse coisas que não aconteceram.
“Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”, teria dito Mauro Cid em uma mensagem de áudio enviada, segundo a revista, a um amigo.
A conversa durou mais de uma hora, segundo a revista. “Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu?”, teria dito o militar ao amigo. Os áudios teriam sido gravados após o último depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal, em 11 de março.
Mauro Cid é preso
Mauro Cid fechou acordo de colaboração premiada após ter sido preso no âmbito do inquérito que apura fraudes em certificados de vacinação contra covid-19. Além do caso referente às vacinas, Cid cooperou também com o inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro.
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