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Centros socioeducativos acumulam rebeliões e casos de violência em Fortaleza

Centros socioeducativos acumulam rebeliões e casos de violência em Fortaleza

Foto: Reprodução

As ocorrências de violência e rebeliões nos centros socioeducativos têm sido recorrentes na cidade de Fortaleza, conforme relatam os próprios socioeducadores que atuam nas unidades. Muitas dessas ocorrências, como destacam eles, sequer chegam a ser conhecidas pela imprensa.

Em um dos casos mais recentes, no Centro Socioeducativo Dom Bosco, no bairro Passaré, um agente se viu no meio de um fogo cruzado entre internos da unidade, tendo sido atingido por pedradas. Uma das pedras chegou a atingir o rosto do homem a poucos centímetros do olho, podendo ter comprometido a visão dele.

Nesses centros, integrantes de organizações criminosas disputam espaço e tiram proveito da estrutura limitada disponível para os profissionais que atuam nesses locais. Conforme apurado, nas últimas 36 horas, foram registrados três casos de violência nesses centros, que tiveram que ser contidos com a presença de agentes da Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE).

Violência em centros socioeducativos de Fortaleza

Além disso, em meio à atuação das facções criminosas nesse meio, os agentes que se veem no fogo cruzado também são desencorajados a falar. Um desses profissionais, ao falar anonimamente para a reportagem da TV Cidade Fortaleza, explicou que não há suporte suficiente dado pela Superintendência de Atendimento Socioeducativo do Estado do Ceará (Seas).

“[Os agentes] sempre estão expostos, é uma questão de gestão. A Superintendência não dá condições mínimas suficientes para um profissional, a gente não tem segurança no sentido de equipamentos adequados. Fazem treinamentos muito imperfeitos, com periodicidade inadequada, e a questão de estar sujeito recorrentemente ao perigo”, conta ele, dizendo ainda que vários colegas já foram gravemente lesionados em ocasiões do tipo.

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Procurada pela reportagem, a Superintendência de Atendimento Socioeducativo do Ceará informou “registro de situações pontuais em unidades socioeducativas, com gerenciamento por parte das equipes de socioeducadores e com o apoio da Polícia Militar, por meio do Grupamento de Intervenção Tática – equipe especializada em intervenções no sistema socioeducativo.

A respeito da denúncia relacionada a situação de violência sexual, a Seas explicou que o caso foi encaminhado para apuração, não sendo confirmado, até o momento. “O processo de averiguação respeita o devido processo legal, o que leva em consideração a realização de exames e apuração detalhada. Foram abertos processos na Corregedoria da Seas para eventuais responsabilizações dos envolvidos”, complementa a nota.

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