Uma pesquisa divulgada pelo Procon Fortaleza, nesta quarta-feira (27), com preços de 53 produtos para a Semana Santa, como peixes, vinhos e pães de coco, aponta que a diferença de valores nos estabelecimentos da capital pode chegar a 193,42%. A maior variação está no preço do peixe pescada amarela, que pode ser encontrado de R$ 32,68, no Siqueira, a R$ 95,89, em Messejana.
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O levantamento foi realizado entre os dias 1° e 22 de março, em supermercados das 12 Regionais de Fortaleza. O Procon também visitou os mercados de Messejana e São Sebastião, além dos mercados de Peixes da Barra do Ceará e do Mucuripe.
Sardinha e pilombeta são os peixes mais baratos, podendo ser encontrados de R$ 11,29 (Henrique Jorge) e R$ 10,48 (Monte Castelo). Já os preços do bacalhau e salmão chegam a R$ 129,90 (Bairro de Fátima) e R$ 149,90 (Bairro de Fátima), respectivamente.
O pão de coco, tradicional produto da Semana Santa, pode variar até 47%, custando de R$ 6,90, no Bairro de Fátima, a R$ 10,15, no Siqueira. Entre os vinhos, uma garrafa de 750 ml, da mesma marca, pode ser encontrada de R$ 10,52, em Messejana, a R$ 26,09, no Monte Castelo.
Preço de peixe para a Semana Santa em Fortaleza
Entre os mercados públicos (Barra do Ceará, Centro, Messejana e Mucuripe), os peixes frescos com maiores variações de preços são: cioba, sirigado e pargo. Nesses locais, a maior variação encontrada foi de 125%. No caso, o quilograma do peixe cioba, que foi encontrado de R$ 20, no Mercado São Sebastião, no Centro, e no Mercado da Barra do Ceará, enquanto que o mesmo peixe chega a R$ 45, no Mercado dos Peixes, no Mucuripe.
Segundo o presidente do Procon Fortaleza, Wellington Sabóia, os estabelecimentos não podem aumentar os preços justificando somente a alta procura desses produtos da Semana Santa. “O Código de Defesa do Consumidor proíbe a elevação de preços sem justa causa, o que pode ficar caracterizado como prática abusiva, passível de diversas penalidades, desde a interdição do local à multa que pode passar dos R$ 17 milhões”, disse.
Vinhos e espumantes
Entre os vinhos, é possível comprar três garrafas, de 750 ml, no estabelecimento mais barato, em comparação com o preço de uma garrafa no local mais caro, quando analisados a principal variação de preços neste segmento. É o caso do vinho tinto, de fabricação nacional, que pode sair por R$ 14,49, no Jangurussu (Regional 9), enquanto que o mesmo produto custa R$ 59,99, no Mucuripe (Regional 2), conferindo uma diferença de 314%.
Dicas:
- Para os peixes frescos, o cuidado deve ser a conservação, pois devem estar bem armazenados e em gelo;
- Verifique a aparência observando se os olhos estão brilhantes e as escamas bem presas ao corpo;
- Observe se a pele do peixe é clara e uniforme;
- Não devem existir manchas avermelhadas ou pontos escuros, indicando bolor, nem a presença de algum pó branco ou cinza na pele, indicando que o bacalhau foi mal conservado ou processado;
- Procure conhecer a procedência do bacalhau e cuidado para não comprar peixe salgado no lugar de bacalhau;
- Se houver divergência de preços entre o valor anunciado com o registrado no caixa, o consumidor deve pagar sempre o menor valor;
- Fique atento às informações detalhadas sobre data de validade do produto, peso e composição;
- A embalagem deve estar em boas condições de armazenamento, verificando se não há amassados ou furos que podem contaminar o produto.
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