A ministra da Saúde, Nísia Trindade anunciou nesta segunda-feira (1º) que a vacinação contra o HPV agora vai ser em dose única. O anúncio aconteceu por meio de uma publicação nas redes socias.
“Uma só aplicação vai nos proteger o resto da vida contra diferentes tipos de doença e de câncer causados pelo HPV, como o câncer do colo do útero. A gente não pode deixar que nossas crianças e jovens fiquem expostas a essas doenças quando crescerem!”, afirmou.
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A vacina contempla, além de meninas e meninos de 9 a 14 anos e grupos definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo a ministra, estados e municípios estão sendo orientados para que procurem ativamente jovens de até 19 anos ainda não vacinados.
“Em 2023, vacinamos 5,6 milhões de pessoas contra o HPV, o maior número desde 2018, com um aumento de 42% em relação a 2022. Mas isso ainda não é o bastante.Precisamos estar juntos nessa batalha contra o HPV e o câncer de colo do útero. Vacinar é um ato de amor, vacinar mostra nosso cuidado com a nossa saúde e a de todas as pessoas”, concluiu a ministra.
O HPV é um vírus que causa infecções sexualmente transmissíveis, provoca verrugas em tecidos orais e genitais e, dependendo do tipo do vírus, pode causar câncer, como os de colo do útero, vulva, vagina, pênis, canal anal, entre outros. A vacina contra o HPV é aplicada no sistema público de saúde com foco principalmente em indivíduos que ainda não iniciaram a vida sexual; no Brasil, a imunização começou em 2014 —na época, apenas para meninas — em duas doses da vacina quadrivalente, que protege contra os tipos 6 e 11 (que causam verrugas), 16 e 18 (oncogênicos). Hoje, a vacinação também se estende para meninos de nove a 14 anos.
No Brasil, a adesão à vacina de HPV não alcança o nível recomendado pela OMS, de 90% para meninas entre nove e 14 anos. Segundo estudo da Fundação do Câncer, com dados de 2013 a 2020, 76% do público-alvo tomou a primeira dose e apenas 56% tomaram as duas doses previstas no esquema vacinal brasileiro. Em relação aos meninos, os números são ainda menores, com apenas 52% vacinados com a primeira dose em 2022.
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