Segundo vítima o homem já possuia um histórico de violência contra ela, motivado por transfobia
Homem tenta matar travesti e esfaqueia parentes da vítima que a defenderam
Um homem foi denunciado, nesta terça-feira (2), por tentar matar a prima, não aceitando ela ser travesti. Durante a ação criminosa, a mãe e uma irmã da vítima foram esfaqueadas pelo acusado, ao tentarem impedir o ataque. O caso aconteceu em Sobral, na região norte do Ceará.

O crime, denunciado pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), aconteceu no dia 26 de fevereiro de 2024. Nesse dia, o acusado atacou a prima durante uma confraternização familiar.
A mãe da travesti, que estava no local e tentou defender a filha, foi esfaqueada no pescoço. A irmã a vítima também foi agredida ao tentar intervir, sendo ferida com uma facada.
Segundo informações apuradas pelo Ministério Público, um dia antes do crime o acusado empurrou e agrediu a prima dentro de um ônibus, quando voltava de um jogo de futebol. A vítima relatou à policia que o primo sempre teve atitudes preconceituosas contra ela.
Comforme o MP, o homem foi denunciado por tentativa de feminicídio contra a tia e lesão corporal no âmbito da violência doméstica contra as primas. Ele também vai responder pelo crime de transfobia.
Casos de homofobia e transfobia no Ceará
O Ceará registrou um total de 354 ocorrências de LGBTfobia – incluindo casos de discriminação por homofobia ou transfobia – ao longo de 2023, equivalente a 24,2% a mais do que o registrado no ano anterior. Em 2022, foram 285 ocorrências registradas, e na época já havia sido observado um crescimento de 114,3% em relação ao ano anterior, 2021.
Do total observado, 80,5% dos casos denunciados foram de homofobia, enquanto 19,5% foram de casos de transfobia. Em identidade de gênero, quase metade (49,2%) dos denunciantes eram homens cis, enquanto as mulheres cis somavam 20,6%, mulheres trans 4,8%, travestis 3,7% e homens trans 2,8%. O levantamento também aponta que, em orientação sexual, 37% dos denunciantes eram gays, 20,1% heterossexuais, 12,7% lésbicas e 8,5% bissexuais – os heterossexuais, no caso, denunciaram casos de transfobia, de discriminação por identidade de gênero.
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