O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recomendou ao senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) que aproveite o restante do mandato no Congresso para estudar. “A biblioteca do Senado é excelente”, pontuou ele, ao falar com Moro.
O senador havia procurado Gilmar em meio às investigações em curso mirando o mandato dele no Senado. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) está julgando o caso, com o placar atualmente em 1 a 1, com a análise devendo continuar na próxima segunda-feira (8). Moro é acusado pelo PT, pelo PL e pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha nas eleições de 2022.
Conversa entre Sergio Moro e Gilmar Mendes
O receio do senador, conforme aliados, é que o mandato seja cassado e, com isso, ele passe a ser alvo de ação penal a partir do que foi apurado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), relacionado ao caso.
Com isso, ele teria buscado ajuda com Gilmar Mendes, a partir de intermédio do senador Wellington Fagundes (PL-MT), mas acabou sendo surpreendido com críticas do ministro do Supremo. Os dois se encontraram na última terça-feira (2). Entre as falas de Gilmar, ele teria ainda apontado que um dos poucos méritos do governo Jair Bolsonaro (PL) foi tirar Moro da Vara Federal de Curitiba, ao convidá-lo a ser ministro da Justiça.
Julgamento
Em 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.
Conforme a acusação do Ministério Público, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões oriundos do Fundo Partidário com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.
No entendimento de Sade, Moro foi beneficiado eleitoralmente. Para o magistrado, ao realizar a pré-campanha à Presidência e depois sair candidato ao Senado, Moro gastou mais que os demais candidatos ao Senado e provocou desequilíbrio na disputa.
Com informações da Agência Brasil.
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