Peça, confeccionada em couro e utilizada tradicionalmente pelos vaqueiros do Nordeste, foi entregue ao final do discurso de Elmano
Lula recebe ‘gibão cearense” produzido por Espedito Seleiro como presente de Elmano
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com um gibão nordestino produzido por Espedito Seleiro. A entrega aconteceu nesta sexta-feira (5), em Iguatu, na região Centro-Sul do estado, durante a visita às obras da ferrovia Transnordestina.
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Ao receber o presente, Lula tirou fotos com Elmano e prosseguiu para começar seu discurso, retirando logo o gibão, reclamando do peso. “Ô gente, o companheiro que trabalha com um gibão desse merece receber um adicional de insalubridade”, disse o presidente.
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A peça, confeccionada em couro e utilizada tradicionalmente pelos vaqueiros do Nordeste, foi entregue ao final do discurso de Elmano. O governador chamou a roupa de “paletó cearense” e atribuiu a confecção do modelo a um “dos maiores artistas da cultura popular, Esmeraldo”, corrigindo em seguida ser de autoria de Espedito Seleiro, renomado artista do Cariri e verdadeiro autor do gibão.
Lula recebe gibão produzido por Espedito Seleiro
Nascido em 29 de outubro de 1939 em Arneiroz, cidade do Sertão dos Inhamuns, Espedito Seleiro é uma figura importante do Nordeste brasileiro. Em razão disso, a Secretaria da Cultura do Estado já reconhece o artesão como um dos Tesouros Vivos da Cultura. Espedito é um Mestre da Cultura do Ceará, sendo um difusor de tradições, da história e da identidade, atuando no repasse de seus saberes e experiências às novas gerações.
O Museu do Couro também está incluído na rota dos Museus Orgânicos do Cariri, um projeto que é fruto da parceria entre o Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri (FGC). A iniciativa tem o propósito de ressignificar a casa dos Mestres e das Mestras, transformando-as em lugares de memória afetiva com possibilidade de visitação e movimento do turismo local.
Toda a sabedoria que Espedito costura no couro até hoje começou a ser aprendida quando ele ainda era menino, na década de 1940. Ao ver o pai, Raimundo Pinto de Carvalho, que era vaqueiro e agricultor, fabricando selas e trajes dos vaqueiros sertanejos (chapéu de couro, gibão, peitoral, luvas, entre outras peças), a criança brincava com os cortes que caiam no chão enquanto desenhava o próprio futuro.
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