O desenhista Ziraldo, conhecido por ter criado o personagem “O Menino Maluquinho”, morreu aos 91 anos de idade, como confirmado pela família do artista neste sábado (6). Os familiares informaram que ele faleceu enquanto dormia, em casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Ziraldo, que também é responsável por criar a “Turma do Pererê”, nasceu em 1932 no município de Caratinga, em Minas Gerais, e iniciou a carreira ainda nos anos 1950, tendo passado por diversas publicações ao longo da segunda metade do século XX. O principal sucesso de sua carreira, “O Menino Maluquinho”, ganhou o público no ano de 1980.

Ele também atuava como chargista e jornalista, tendo sido um dos fundadores do jornal “O Pasquim”, nos anos 1960, publicação histórica que marcou o combate à ditadura militar. Essa atuação acabou fazendo com que ele fosse preso, em dezembro de 1968, um dia depois de ser promulgado o Ato Institucional nº5 (AI-5), que endureceu o mecanismo de repressão da ditadura no Brasil.

O talento para a ilustração era percebido em Ziraldo já desde a infância: teve sua estreia em uma publicação aos seis anos de idade, quando foi publicado um desenho de sua autoria no jornal Folha de Minas. A carreira continuou na adolescência, quando se mudou para o Rio de Janeiro, para ilustrar contos em uma revista em circulação na época.

Foi no ano de 1949 que Ziraldo pôde publicar sua primeira história em quadrinhos. Já em 1954, começou a publicar uma página de humor na Folha de Minas, mesmo jornal que recebeu uma ilustração sua durante a infância. Em 1963, começou a publicar no Jornal do Brasil, período em que começou a atrair atenções em âmbito nacional.

“O Menino Maluquinho”

“O Menino Maluquinho” foi originalmente um livro infantil de mesmo nome publicado em 1980, que se tornou um fenômeno de vendas e inspirou o lançamento de histórias em quadrinhos do personagem, publicadas de 1989 até 2007.

As histórias giram em torno de um menino sapeca e alegre e cheio de imaginação. O personagem adora aprontar e viver aventuras com os amigos. Uma marca registrada do Menino Maluquinho é a panela que ele usa na cabeça como se fosse um chapéu.

A obra também ganhou duas adaptações live-action para o cinema.

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