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Ligação interceptada indica que detentos de Mossoró planejavam sair do Brasil

Facção no Ceará teria ajudado ex-fugitivos de Mossoró com fuzil e munições

Foto: Divulgação/Polícia Federal

Uma ligação entre um dos detentos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró e uma suposta namorada indica que os dois fugitivos tinham planos de deixar o Brasil. A ligação foi interceptada pela Polícia Federal (PF), em meio às investigações sobre a fuga, que durou 50 dias.

“Tô bem, graças a Deus. Cheio de saúde, força, liberdade, pegando um ventozão aqui. Tá ótimo demais. Pensava que nunca mais ia viver isso”, diz o detento Rogério da Silva, na ligação em questão. Ele ainda fala sobre planos de casamento com a mulher: “Vamos se casar, hein? Quero te ver pessoalmente, te abraçar.”

O homem ainda narrava situações em que, segundo ele, os dois quase foram capturados pelas equipes. “Se tu ver, um bagulho de filme mesmo. Um monte de helicóptero, um monte de drone. Foi Deus que me salvou. Os caras assim, bem pertinho de nós. Passando assim. E nós sentindo o chulé da bota dos caras”, conta.

Rogério e Deibson Nascimento, que saíram da penitenciária em Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, foram recapturados no Pará, após 50 dias de buscas. Detidos em setembro do ano passado, eles foram transferidos do sistema carcerário do Acre para a unidade de segurança no RN, de onde escaparam no dia 14 de fevereiro.

A fuga desencadeou buscas intensas que duraram 50 dias e que mobilizaram mais de 300 agentes, de acordo com o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski. Os fugitivos já tinham histórico na justiça. Também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, Deibson está envolvido em 34 processos na Justiça do estado de origem. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo, tendo sido condenado a 33 anos de prisão.

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Já Rogério, apelidado como “Martelo”, responde por roubo, violência doméstica e homicídio qualificado. Com pena de 74 anos de prisão, o fugitivo tem mais de 50 processos e possui uma suástica (simbolo nazista) tatuada na mão.

Naturais do Acre, os detentos são membros de uma facção criminosa de origem carioca, com atuação nacional e internacional.

Com informações da Agência Brasil 

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