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Sem citar o filho, Lula diz que ‘mulher não foi feita para apanhar’

Sem citar o filho, Lula diz que 'mulher não foi feita para apanhar'

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso repudiando a violência doméstica, em meios às acusações contra o filho mais novo, Luis Claudio. Sem citar o caso, nesta quinta-feira (11), ele disse que “mulher não foi feita para apanhar”, durante cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental do Campus Sol Nascente do Instituto Federal de Brasília (IFB), na região administrativa da capital federal.

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“Neste país, existe muita violência contra mulher, e violência às vezes dentro de casa, que o marido não respeita muitas vezes a mulher”, disse o presidente.

O presidente citou sua mãe, Dona Lindu, como exemplo.” Tenho orgulho da minha mãe porque, normalmente, as pessoas falam que quando o marido bate na mulher ela fica dentro de casa porque depende dele para comer. A minha mãe tinha oito filhos, meu pai era muito bruto, ele não queria que as minhas irmãs fossem para a escola para não aprender a escrever cartas para o namorado, a minha mãe teve coragem de largar do meu pai, saiu de onde a gente morava, veio para São Paulo, criou os oito filhos da forma mais decente possível, e o filho dela está aqui presidente da República”.

Luis Claudio Lula da Silva, de 39 anos, o filho mais novo do presidente Lula, decidiu quebrar o silêncio na tarde da última sexta-feira (5). Em entrevista por telefone exclusiva à repórter Patrícia Calderón, ele nega as acusações de violência física e verbal contra a médica Natália Schincariol, de 29 anos. Cláudio diz que as traições são fantasiosas e que nunca se relacionou com ninguém enquanto estavam juntos. Conta ainda que, mesmo numa relação de quase dois anos, não tinham união estável como marido e mulher.

Lula diz que ‘mulher não foi feita para apanhar’

Luís Cláudio foi acusado por Natália Schincariol de cometer violência doméstica, verbal e emocional. Ela registrou um boletim de ocorrência contra ele no dia 2 de abril. Na sequência, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu a ela uma medida protetiva. A decisão determina que Luís Cláudio deixe o apartamento onde vivia com ela e não faça contato nem se aproxime a menos de 200 metros da ex-companheira.

Um documento do cartório de registro de imóveis mostra a divisão de 50% para cada um na aquisição do apartamento em São Paulo. O documento aponta, ainda, que o casal não mantinha regime de “união estável”.

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Natália acusa Luis Claudio de ter dado uma cotovelada na barriga dela, quando ele tentava resgatar o celular dele que estava nas mãos da ex. A médica explicou que tentava checar a comunicação do companheiro com outras mulheres, e ele teria sido violento para recuperar o telefone. Disse, ainda, que Luis Claudio a chamou de “doente mental, vagabunda e louca”.

“Jamais agrediria ela. Desde o término do relacionamento, em janeiro deste ano, sempre fui muito atencioso com ela”, conta. “Nunca chamei ela destes nomes todos que ela diz. Vou provar minha inocência.”

Luís Cláudio é diretor de futebol do Parintins Futebol Clube, do Amazonas, e teria se relacionado com Natália por cerca de dois anos. Médica, ela afirma nas redes sociais trabalhar em um hospital psiquiátrico.

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