RECURSOS HÍDRICOS

Ceará chega a 64 açudes sangrando e Castanhão passa de 30% da capacidade

Outras bacias hidrográficas da região norte do estado mantêm nível volumétrico considerado positivo

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16 de abril de 2024
Portal GCMAIS

O Ceará registrou, nesta segunda-feira (15), um total de 64 açudes sangrando, com o estado tendo passando da marca de 50% da capacidade total dos reservatórios de água. Além disso, o açude do Castanhão, maior do Ceará, ultrapassou o volume de 30% do armazenamento.

Ceará chega a 64 açudes sangrando e Castanhão passa de 30% da capacidade
Foto: SRH/CE

Apenas no último fim de semana, foram sete açudes registrando sangria, incluindo o Açude Benguê, em Aiuaba, que não transbordava há 13 anos. Além dele, os açudes Olho d’Água, Cachoeira, Santo Antônio de Russas e Ubaldinho sangraram neste fim de semana. Já o Maranguapinho, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e o Riacho do Sangue, em Solonópole, atingiram o ponto de sangria nesta segunda (15).

Com um volume total de mais de 9,5 bilhões de metros cúbicos nos reservatórios, o número de açudes vertendo em 2024 já supera o registrado em 2023, levando em conta o mesmo período do ano. Atualmente, além dos 64 açudes gerenciados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) que estão vertendo, 14 reservatórios operam com mais de 90% da capacidade total.

Ceará passa a marca de 64 açudes sangrando

Outras bacias hidrográficas da região norte do estado mantêm nível volumétrico considerado positivo, com o Coreaú em 98%, o Acaraú em 95% e o Litoral com 100% da capacidade total acumulada.

No caso do Castanhão, foi ultrapassado o volume de 30% da capacidade de armazenamento – como já havia acontecido em 2023. Antes do ano passado, a última vez que o reservatório passou dessa marca foi em 2014, há 10 anos.

Ainda há, no entanto, alertas relacionados aos reservatórios hídricos do Ceará. A bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús está com menos de 23% da capacidade hídrica acumulada. Outros 26 reservatórios do Ceará apresentam volumes abaixo de 30% de sua capacidade, “destacando os desafios persistentes impostos pelo clima semiárido da região, com chuvas distribuídas de forma irregular no tempo e espaço”, conforme o Tércio Tavares, diretor de Operações da Cogerh.

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