Renda média mensal dos cearenses é 52,9% inferior à média nacional
Ceará tem a 5ª menor renda mensal do Brasil, diz IBGE
O estado do Ceará possui a quinta menor renda mensal do país, com uma média de R$ 1.861 por pessoa em 2023, de acordo com o IBGE. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua – Rendimento de todas as fontes 2023.
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Segundo a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (19), os números são referentes aos diversos tipos de fontes de renda a que a população teve acesso, como trabalho, aposentadorias e pensões, além de benefícios sociais.
O resultado do Ceará foi inferior à média nacional. Em 2023, o conjunto dos estados brasileiros teve uma renda média mensal de R$ 2.846. A renda média mensal dos cearenses é 52,9% inferior à média nacional.
Em relação a outros estados, o Ceará só apresenta uma situação melhor do que Alagoas (R$ 1.915), Pernambuco (R$ 1.824), Bahia (R$ 1.806) e Maranhão, que possuem o menor rendimento médio do país, com R$ 1.730. O Distrito Federal tem o maior rendimento mensal médio entre todos os estados, com R$ 4.966, seguido por São Paulo (R$ 3.520) e Rio de Janeiro (R$ 3.510).
O IBGE também identificou o percentual de rendimento médio mensal advindo do trabalho. O Ceará apresenta a terceira pior média nacional neste quesito, com R$ 1.926. Em comparação, os estados do Maranhão (R$ 1.877) e da Bahia aparecem com R$ 1.865.
A média nacional de rendimento do trabalho chega a R$ 2.979. O Distrito Federal é o responsável por elevar esse desempenho, com um rendimento médio de R$ 4.944. De acordo com o IBGE, o rendimento mensal real de todos os trabalhos atingiu o recorde nacional, totalizando R$ 295,6 bilhões. O resultado é o segundo ano consecutivo de melhora no cenário e a melhor recuperação desde a pandemia.
Ceará tem a 5ª menor renda mensal do país
Em 2023, o rendimento médio da massa de rendimento superou, pela primeira vez, o nível anterior à crise. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 4,2% na população ocupada com rendimento, passando de 95,2 milhões para 99,2 milhões. Em 2019, ano antes da pandemia, esse número era de 92,8 milhões.
Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua – Rendimento médio de todas as fontes de 2023, é destacado o Índice de Gini do rendimento médio de todos os trabalhos. O indicador tem como foco a distribuição dos rendimentos do trabalho. Diante disso, o Ceará apresenta o sétimo pior desempenho entre os estados.
A diferença de rendimentos entre os trabalhadores é pior no Piauí, com índice 0,587 (quanto mais próximo de 1, mais desigual) Logo em seguida vem o estado da Paraíba (0,584) e depois o Distrito Federal (0,540). Neste levantamento, a média nacional é de 0,494. O estado com o maior índice de Gini para o rendimento de todos os trabalhos em 2023 é o de Santa Catarina (0,395).
Rendimento médio mensal de todas as fontes da população em 2023 – por estado
- Distrito Federal: R$ 4.966
- São Paulo: R$ 3.520
- Rio de Janeiro: R$ 3.510
- Rio Grande do Sul: R$ 3.208
- Santa Catarina: R$ 3.203
- Paraná: R$ 3.052
- Mato Grosso do Sul: R$ 3.035
- Mato Grosso: R$ 3.024
- Goiás: R$ 2.960
- Espírito Santo: R$ 2.907
- Minas Gerais: R$ 2.753
- Roraima: R$ 2.605
- Amapá: R$ 2.589
- Rondônia: R$ 2.475
- Tocantins: R$ 2.441
- Rio Grande do Norte: R$ 2.230
- Amazonas: R$ 2.199
- Pará: R$ 2.155
- Piauí: R$ 2.145
- Paraíba: R$ 2.130
- Acre: R$ 2.087
- Sergipe: R$ 1.915
- CEARÁ: R$ 1.861
- Alagoas: R$ 1.839
- Pernambuco: R$ 1.824
- Bahia: R$ 1.806
- Maranhão: R$ 1.730
MÉDIA BRASIL: R$ 2.846
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