O agricultor Paulo Alves da Cruz, de 49 anos, vai a júri popular, nesta quinta-feira (25), por matar Maria Deuselice da Silva, sua ex-esposa. O crime aconteceu em 2006, em Araripe, município da região do Cariri do Ceará. A vítima estava amamentando um dos filhos momentos antes de ser atacada pelo ex-marido.
Deuselice, que deixou quatro filhos – três de um relacionamento anterior, e um de Paulo Alves, foi lesionada com golpes de faca no quintal da casa do vizinho, onde estava escondida após receber ameaças do ex-companheiro. A vítima ainda foi socorrida e levada até o hospital municipal, mas devido à gravidade dos ferimentos, não resistiu.
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O crime, segundo o Ministério Público, foi classificado como homicídio qualificado por motivo torpe, por ciúmes, e sem chance de defesa da vítima. Paulo Alves deveria ter sido julgado em 2023. No entanto, a defesa do acusado alegou falta de recursos financeiros para o seu deslocamento, pois o agricultor mora em Atibaia, município de São Paulo.
A defesa solicitou que a sessão fosse realizada de forma remota; contudo, o pedido foi negado pela Justiça, que alegou que ambas as partes haviam sido informadas previamente e, portanto, o julgamento aconteceria de forma presencial.
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O que é o júri popular e quando é utilizado?
Júri popular é um grupo de cidadãos comuns que são convocados para julgar casos de crimes contra a vida, previstos no Código de Processo Penal. Nesses casos, a condenação é feita pelo próprio júri, e não pelo juiz.