A outra vítima do ataque registrado na última terça-feira (23) no Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, teve o braço baleado durante a ação e teve que passar por uma cirurgia de urgência, mas já está com situação de saúde controlada. Na manhã da terça-feira, um ex-funcionário do hospital invadiu a unidade e matou o copeiro Francisco Mizael Souza da Silva, decapitando-o em seguida.
Carlos Sérgio Matos de Queiroz tem 63 anos de idade e trabalha no IJF já há 41 anos – que é, por acaso, a idade de Francisco Aurélio Rodrigues de Lima, preso pelo crime. O atirador entrou na unidade já com a intenção de matar e decapitar Francisco Mizael, mas Carlos Sérgio acabou sendo atingido também, pois estava indo deixar uma garrafa de café no refeitório.
Homem é baleado em ataque do IJF e passa por cirurgia
O funcionário morto no refeitório, Francisco Mizael Souza da Silva, foi executado a tiros e teve a cabeça arrancada logo em seguida. Conforme relatado por testemunhas, ele descarregou no colega a arma de fogo que levava, e depois decapitou a vítima usando uma faca.
O suspeito parou de trabalhar no hospital há mais de um ano, mas conseguiu entrar na unidade hospitalar porque ainda constava no banco de dados do reconhecimento facial. Ele, nos últimos tempos, vinha trabalhando como motorista de aplicativo e auxiliar de cozinha.
O homem conseguiu fugir do hospital após a ação criminosa, passando pela catraca, mas foi preso no mesmo dia, no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Ele teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela Justiça nesta quarta-feira (24).
O corpo de Francisco Mizael Souza da Silva, vitimado no ataque, foi velado também na quarta-feira, durante a manhã. Durante o rito, que aconteceu no município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), familiares e colegas de trabalho lamentaram o ocorrido, expressando revolta e tristeza.
Motivação
Francisco Aurélio teria agido por ciúme – a esposa dele também trabalha no IJF e convivia com Francisco Mizael. Segundo a família, no entanto, Mizael era “uma pessoa tranquila, calma e dedicada à família” e o convívio com a mulher era de uma relação normal entre colegas de trabalho.
Conforme os parentes da vítima, é de conhecimento de todos que Francisco Aurélio é uma pessoa ciumenta e que, depois que começou a namorar com a atual companheira, afastou-se dos colegas. Há, inclusive, relatos de que há uma semana ele teria ameaçado a mulher, dizendo que ia “fazer uma loucura” e iria “entrar na cozinha e fazer um estrago”, sinalizando que a ação criminosa foi premeditada já há vários dias.
As crises de ciúme de Francisco Aurélio não se limitavam a Mizael, com ele desconfiando ainda de outros homens que trabalhavam com a companheira. O acusado exigia que ela deixasse o emprego, dizendo que ela só ia sossegar quando ele “entrasse na cozinha, matasse alguém e arrancasse a cabeça”. O relacionamento entre os dois já durava cerca de um ano e meio.
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