A cearense Rayane Costa, residente em Porto Alegre, descreve a situação devastadora causada pelas intensas chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul ao longo da última semana. Com o número de mortos já chegou a 100 e muitas cidades em estado de calamidade, Rayane relata o caos enfrentado diariamente.
“A situação aqui tá desesperadora. Muitos bairros já foram alagados. Muita gente saindo de suas casas. A falta de água tá deixando a população desesperada. Não tem água pra beber nos mercados. Assim, uma situação bem caótica e bem triste. Tem sido dias difíceis aqui. Ver as pessoas perdendo suas casas, sua família, vidas inteiras sendo levadas pela água. O que me conforta é saber que tá todo mundo se ajudando. Tem muita gente ajudando, inclusive do Ceará também. Graças a Deus a minha família também. A gente tá em um bairro que não tá sendo alagado pelas chuvas, pela enchente. A previsão é de mais chuvas aqui em Porto Alegre, e no interior. É desesperador ter que lidar com tudo isso. Mas espero que tudo isso passe logo. E vai passar”, disse Rayane.
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Chuvas no Rio Grande do Sul
Conforme a Defesa Civil estadual, quatro óbitos estão sendo investigados para determinar se foram causados por efeitos adversos das chuvas, como enxurradas, enchentes, inundações, deslizamentos e desmoronamentos. Além disso, há pelo menos 128 pessoas desaparecidas em todo o estado.
O boletim divulgado nesta quarta-feira (8) informa que cerca de 1,45 milhão de pessoas já foram afetadas pelas consequências das chuvas em 417 municípios gaúchos. Entre essas vítimas, 163.720 estão desalojadas, buscando abrigo nas residências de familiares ou amigos, enquanto 66.761 estão desabrigadas, precisando se refugiar em abrigos públicos municipais. Pelo menos 372 pessoas ficaram feridas em decorrência dos eventos climáticos.
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Meteorologistas preveem que parte do estado deve voltar a ser atingido por chuvas intensas e fortes rajadas de vento a partir de hoje. Segundo o Centro de Hidrografia da Marinha, a faixa litorânea entre as cidades de Chuí, no Rio Grande do Sul, e Laguna, em Santa Catarina, pode ser afetada pela passagem de uma frente fria, com ventos de até 88 quilômetros por hora.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta para que pessoas resgatadas de áreas atingidas pelas chuvas não retornem a estes locais. “O solo dessas localidades ainda está instável, com o terreno alagado e perigo de deslizamentos”, disse a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil.
*Com informações da Agência Brasil.
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