O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em discussão sobre a implementação de um voucher para auxiliar as famílias afetadas pela tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul a repor móveis e eletrodomésticos perdidos.
Embora o valor exato e o escopo da medida ainda estejam em avaliação, uma possibilidade em consideração é o pagamento de pelo menos R$ 3.000 por família. Nesse cenário, os custos totais podem variar entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões, conforme estimativas preliminares.
O assunto será tema de uma reunião na próxima segunda-feira (13) entre membros do Ministério da Fazenda e representantes do Palácio do Planalto, conforme divulgado pelo jornal Folha de São Paulo.
De acordo com técnicos do governo, a proposta é realizar um pagamento único para facilitar a aquisição de itens essenciais como geladeira, fogão ou outros bens que foram danificados ou levados pelas águas.
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Inicialmente, a equipe econômica considerava lançar uma linha de crédito para esse fim. No entanto, especialistas afirmam que o modelo de voucher pode ser mais econômico.
Embora haja fontes de recursos para subsidiar os empréstimos, a União teria que desembolsar uma quantia considerável para subsidiar as taxas de juros e tornar a operação financeira acessível às famílias.
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Além disso, o risco de crédito nessas operações seria variado, dependendo da perda de renda e patrimônio causada pela catástrofe.
Uma ala do governo considera mais apropriado efetuar o pagamento diretamente aos beneficiários, ao invés de custear parte dos juros cobrados pelos bancos para financiar essas famílias.
O custo total do programa dependerá do número de famílias contempladas, uma variável sujeita a incertezas. Em março, o Cadastro Único de programas sociais registrava 938,3 mil famílias gaúchas de baixa renda, das quais 628,9 mil em situação de pobreza. No entanto, o estado tem uma subnotificação de famílias em situação de vulnerabilidade, segundo técnicos do governo.
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