Os ex-fugitivos de Mossoró teriam recebido fuzil e munições como ajuda da facção carioca Comando Vermelho (CV) no Ceará. As informações são da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). A dupla, que fugiu da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, no dia 4 de abril deste ano, foi capturada 51 dias depois, no Pará.
A organização trabalhou com a Ficco no Rio Grande do Norte e com a Delegacia de Mossoró na captura dos presos.
De acordo com as investigações policiais, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça fugiram de Mossoró entrando pelo município cearense de Icapuí. De lá, os dois homens foram de barco até Belém, capital do Pará. A dupla, que foi presa em Marabá, município paraense, contava com rede de apoio da facção no Ceará. Com eles, foram apreendidos um fuzil, dois carregadores da arma, 50 munições, dinheiro e sete aparelhos celulares. O objetivo era chegar na Bolívia, mas foram interceptados por agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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A Ficco localizou uma rede de apoio criada no Comando Vermelho no Ceará para ajudar os ex-fugitivos de Mossoró. A investigação resultou na abertura de outro inquérito, por tráfico de drogas. Quatro suspeitos foram indiciados, por associação ao tráfico de drogas e por ajudar a dupla de presos.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado é composta pela Polícia Federal (PF), a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Ceará (PCCE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Perícia Forense do Ceará (Pefoce) e Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP).
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Ex-fugitivos de Mossoró
Os dois homens já tinham passagens pela polícia e histórico na justiça. Deibson Cabral Nascimento, conhecido por Tatu ou Deisinho, tem envolvimento em 34 processos na Justiça do estado de origem, o Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo, tendo sido condenado a 33 anos de prisão.
Rogério da Silva Mendonça, o Martelo, também é natural do Acre e responde por roubo, violência doméstica e homicídio qualificado. Com pena de 74 anos de prisão, o fugitivo tem mais de 50 processos e possui uma suástica (simbolo nazista) tatuada na mão.
Os dois são membros da facção criminosa Comando Vermelho, de origem carioca.