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Bebê nasce no Ceará após gestação de 35 semanas fora do útero da mãe

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Crédito: Jardel Matos/Hospital Maternidade São Vicente de Paulo

Um parto raro ocorreu no município de Barbalha, no Ceará, no último mês de abril. Um bebê nasceu após passar as 35 semanas de gestação fora do útero da mãe. A gravidez fora do comum surpreendeu médicos do Hospital Maternidade São Vicente de Paulo (HMSVP).

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A pequena Geovana Eloá, recém-chegada ao mundo, passou as 35 semanas de gestação fora do útero da mãe, Gênattan Morais. A cirurgia aconteceu com a colaboração de uma equipe multidisciplinar de 12 profissionais.

A condição tem diversos nomes, podendo ser conhecida como gestação extra uterina, gestação abdominal ou, seguindo a nomenclatura adotada pela ciência, gestação ectópica. O fenômeno ocorre quando o óvulo não pode ser fertilizado nas trompas de Falópio (tubas uterinas), consequentemente não consegue chegar ao útero e se aloca em outros órgãos do corpo.

“A realização deste procedimento é verdadeiramente histórica para nossa região. Esta é a primeira vez que uma gestação extra uterina completa foi conduzida com sucesso aqui no Cariri”, apontou Dra. Luana Cruz, residente de ginecologia e obstetrícia do Hospital Maternidade.

A mãe da criança teve as primeiras suspeitas de uma gravidez extra uterina após exames realizados ainda em Juazeiro do Norte, município onde reside, e passou 34 semanas da gravidez. Diante de um caso tão raro, ela foi encaminhada ao Hospital Maternidade São Vicente de Paulo (HMSVP), em Barbalha, para confirmar se havia ou não uma gestação ectópica e tomar os cuidados necessários para o parto.

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Gestação de 35 semanas fora do útero da mãe

No hospital, a gestante passou por diversos exames, como ultrassonografias e ressonâncias. Atestada a gravidez abdominal, a mãe, a equipe de médicos e a família passaram uma semana se preparando para o parto. A chegada da criança exigia uma cirurgia delicada para retirá-la do abdômen da mãe e, em seguida, remover a placenta, que estava presa a alguns órgãos da mulher.

A preparação para a cirurgia foi baseada em pesquisa bibliográfica, através da leitura de artigos e outras publicações relacionadas ao assunto. No entanto, na grande maioria dos casos estudados pela equipe médica, o resultado trazia complicações para a mãe ou para o bebê, com eventuais mortes.

Não foi o caso de Gênattan e Eloá, pois a criança nasceu saudável, mas com algumas sequelas da compressão ao longo das 35 semanas no abdômen e problemas no fêmur, que podem ser resolvidos com fisioterapia. A mãe e a bebê continuam sob cuidados hospitalares, mas seu estado é estável.

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