O governo Lula determinou que o imposto de importação de arroz ficará zerado no Brasil até o fim do ano de 2024, em reação aos problemas de abastecimento causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é o principal produtor de arroz no país, responsável por cerca de 70% da produção do grão.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, divulgou nota informando sobre a mudança. “Ao zerar as tarifas, buscamos evitar problemas de desabastecimento ou de aumento do preço do produto no Brasil, por causa da redução de oferta”, pontuou ele na mensagem.
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Até o momento, apenas as importações de arroz de outros países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) tinham tarifa zero no Brasil. A taxa para arroz fora do Mercosul estava em 10,8%. A intenção é suprir a demanda nacional pelo alimento em meio à drástica redução da produção nacional.
O governo havia planejado comprar a primeira leva de arroz importado nesta terça-feira (21), em uma quantia de 104 toneladas do grão, mas isso foi adiado em meio à especulação de preços por parte dos países do Mercosul. Conforme informado, os preços cobrados estavam 30% maiores do que o previsto, em meio à demanda brasileira após a tragédia.
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Ceará
O Ceará deverá ser um dos primeiros estados a receber arroz importado após a tragédia no Rio Grande do Sul. Além do Ceará, também serão contemplados nessa remessa os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Bahia e Pará. O produto chegará por quatro portos: de Santos, em São Paulo; de Recife, em Pernambuco; de Salvador, na Bahia; e de Itaqui, no Maranhão.
Serão trazidos 104 toneladas de arroz, com uma projeção de ser repassado aos brasileiros pelo valor máximo de R$ 4,00 o quilo. Foi publicada na última semana, no Diário Oficial da União (DOU), uma medida provisória autorizando a importação de até um milhão de toneladas de arroz, levando em conta a crise vivida no RS.