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Milei prevê recuperação econômica da Argentina em entrevista à Time

Milei prevê recuperação econômica da Argentina em entrevista à Time

Foto: Reprodução

O presidente da Argentina, Javier Milei, será destaque na capa da revista americana Time, na edição de 10 de junho. A publicação adiantou uma longa entrevista na qual Milei discute o “maior ajuste da história da humanidade” que está implementando e prevê uma forte recuperação econômica para o país.

Milei explica que seu governo herdou do peronista Alberto Fernández um cenário de déficits fiscais e das transações correntes, que somavam 17 pontos do PIB, dos quais 15 pontos eram de déficit fiscal. Ele enfatiza que uma abordagem gradual não seria possível devido à necessidade de financiamento, que a Argentina não consegue devido a seus desequilíbrios.

O presidente destacou que o maior impacto do ajuste foi sentido em janeiro e fevereiro, com o governo ajustando 13 dos 15 pontos de déficit fiscal no primeiro trimestre. “Não há registro histórico de uma coisa dessas, não só na história argentina, mas na história mundial”, afirmou Milei.

Milei acredita que a economia argentina passará por uma recuperação em formato de “V”, estando atualmente “no fundo” desse “V”. Ele prevê uma reação econômica e acredita que a liberação dos controles cambiais dará um impulso adicional à atividade. O presidente afirma que os preços relativos estão “mais realistas” e que setores anteriormente estagnados estão em “forte expansão”. No entanto, o consumo de bens não duráveis ainda não apresentou mudanças significativas.

O presidente argentino reafirmou seu desejo de “competição de moedas”, sem especificar que isso representaria uma “dolarização” da economia. Sobre relações internacionais, Milei considera os Estados Unidos um “aliado estratégico”, mantendo boas relações com o governo de Joe Biden, apesar de sua proximidade ideológica com Donald Trump. Ele também defendeu o direito de Israel à legítima defesa e disse que as ações do país na Faixa de Gaza estão de acordo com as leis internacionais.

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Quanto à China, Milei declarou que “não forma alianças estratégicas com comunistas”, mas reconhece que as pessoas têm o direito de fazer o que quiserem. Ele mencionou que a ministra das Relações Exteriores da Argentina busca manter vínculos comerciais com o país asiático, conduzindo a agenda comercial.

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