A seguir, confira o Evangelho do Dia e medite com as palavras do Santo Padre Papa Francisco.
PRIMEIRA LEITURA
Leitura da Primeira Carta de São Pedro
1,10-16
Caríssimos,
Esta salvação tem sido objeto
das investigações e meditações dos profetas.
Eles profetizaram a respeito da graça
que vos estava destinada.
Procuraram saber a que época
e a que circunstâncias
se referia o Espírito de Cristo,
que estava neles,
ao anunciar com antecedência
os sofrimentos de Cristo
e a glória consequente.
Foi-lhes revelado que, não para si mesmos,
mas para vós, estavam ministrando estas coisas,
que agora são anunciadas a vós
por aqueles que vos pregam o evangelho
em virtude do Espírito Santo, enviado do céu;
revelações essas,
que até os anjos desejam contemplar!
Por isso, aprontai a vossa mente;
sede sóbrios e colocai toda a vossa esperança
na graça que vos será oferecida
na revelação de Jesus Cristo.
Como filhos obedientes,
não modeleis a vossa vida
de acordo com as paixões de antigamente,
do tempo da vossa ignorância.
Antes, como é santo aquele que vos chamou,
tornai-vos santos, também vós,
em todo o vosso proceder.
Pois está na Escritura:
“Sede santos, porque eu sou santo”.
EVANGELHO DO DIA
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos
10,28-31
Naquele tempo,
começou Pedro a dizer a Jesus:
“Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”.
Respondeu Jesus:
“Em verdade vos digo,
quem tiver deixado casa,
irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos,
campos, por causa de mim e do Evangelho,
receberá cem vezes mais agora, durante esta vida
— casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos,
com perseguições —
e, no mundo futuro, a vida eterna.
Muitos que agora são os primeiros serão os últimos.
E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”.
PALAVRAS DO SANTO PADRE SOBRE O EVANGELHO DO DIA
O trecho evangélico (cf. Mt 28, 16-20) mostra-nos os Apóstolos reunidos na Galileia, «no monte que Jesus lhes tinha indicado» (v. 16). Aqui tem lugar o último encontro do Senhor Ressuscitado com os seus na montanha. A “montanha” tem uma forte carga simbólica. Numa montanha, Jesus proclamou as Bem-aventuranças (cf. Mt 5, 1-12); nas montanhas, retirou-se para rezar (cf. Mt 14, 23); ali acolheu as multidões e curou os doentes (cf. Mt 15, 29). Mas desta vez, na montanha, já não é o Mestre que age e ensina, cura, mas o Ressuscitado que pede aos discípulos para agir e proclamar, confiando-lhes o mandato de continuar a sua obra.
Investe-os da missão junto de todos os povos. Ele diz: «Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (vv. 19-20). Os conteúdos da missão confiada aos Apóstolos são estes: proclamar, batizar, ensinar e percorrer o caminho traçado pelo Mestre, ou seja, o Evangelho vivo. Esta mensagem de salvação implica antes de mais o dever do testemunho – sem testemunho não se pode anunciar – ao qual também nós, discípulos de hoje, somos chamados, para dizer a razão da nossa fé. Face a uma tarefa tão exigente, e pensando nas nossas fraquezas, sentimo-nos inadequados, como certamente se sentiram os próprios Apóstolos. Mas não devemos desanimar, recordando as palavras que Jesus lhes dirigiu antes de subir ao Céu: «E Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo» (v. 20).
(Regina Caeli de 24 de maio de 2020)
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