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Elmano retoma discussão sobre greve dos professores nas universidades estaduais e recebe críticas da oposição

Em entrevista, Elmano de Freitas fala sobre reforço na Segurança Pública

Foto: Governo do Ceará

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), voltou a falar sobre a greve dos professores nas universidades estaduais. Segundo o chefe do Executivo cearense, o movimento da categoria “não se justifica” e prejudica milhares de estudantes. Ele afirmou estar disposto ao diálogo, “franco e respeitoso”.

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A fala do petista foi alvo de críticas da oposição, enquanto aliados defenderam o posicionamento. Iniciada em abril, a greve continua para os professores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Universidade do Vale do Acaraú (AVA).

“Sempre tive e sempre terei absoluto respeito e admiração pelos professores. Na rede estadual de Ensino Superior, nossa média salarial é de R$ 14 mil, o que considero justo e legítimo. O que não concordo, sinceramente, é um movimento grevista cujas motivações não se justificam, prejudicando milhares de estudantes. Sempre estarei aberto ao diálogo, franco e respeitoso”, escreveu o governador nas redes sociais.

O posicionamento de Elmano foi criticado. O ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) afirmou que essa foi “mais uma fala desastrada” do governador. “Agora, sobre os professores das nossas universidades estaduais, que cumprem um papel extraordinário para a formação de novos quadros e para o desenvolvimento científico e tecnológico do Ceará”.

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Conforme o pedetista, o chefe do Executivo deveria se concentrar em garantir uma política de valorização dos professores e das universidades, para colocá-las no centro de um novo projeto de desenvolvimento para o Ceará.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o ex-deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil), afirmou que o governador está tentando “colocar a sociedade contra os professores”.

“Dificilmente nos vamos encontrar um professor universitário ganhando R$ 14 mil”, destacou Capitão Wagner.

Elmano retoma discussão sobre greve nas universidades e recebe críticas

Em nota, o Sindicato União dos Trabalhadores em Educação (Sindiute) expressou indignação pela fala do Governador. Confira a nota na íntegra:

“O Sindiute vem expressar a sua indignação pela fala do governador Elmano de Freitas sobre a greve dos educadores das universidades no estado do Ceará.

O posicionamento do governador do PT é contraditório ao direito de greve e nos faz, mais uma vez, sugerir a continuidade da mesa de negociação e o atendimento das reivindicações.

Os educadores cearenses lutam por melhores condições salariais e de trabalho, mas sobretudo em defesa da universidade pública, gratuita e socialmente referenciada.

Assim sendo, fica o governador na obrigação como gestor de atender a demanda dos grevistas, de construir políticas públicas e geração de emprego e renda para a melhoria também das famílias cearenses.

Em defesa do direito de greve!

Por justiça social e condições dignas para as famílias cearenses!”

Na sessão desta quarta-feira (5) da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), o deputado estadual De Assis Diniz (PT), líder do bloco governista, desmentiu “inverdades” que teriam sido ditas pela oposição.

O parlamentar ressaltou que o governador não mencionou em nenhum momento que o salário dos professores era elevado. Na sequência, De Assis destacou que, após Elmano se reunir com uma comissão de professores em Iguatu e Sobral, a categoria foi recebida pelos deputados Messias Dias (PT) e Guilherme Sampaio (PT). Posteriormente, a pauta foi discutida com o secretário de Articulação Política, Miguel Braz.

“Nesse encontro, foi estabelecido um acordo. Inclusive, foi constituída uma mesa de negociação permanente para dar continuidade às demais questões. O sindicato aceitou. A Urca topou o acordo e saiu da greve, mas, por questões políticas, a UVA e a Uece, pela comissão do comando de greve, mantiveram”, destacou De Assis Diniz.

Já o deputado federal Idilvan Alencar (PDT), parlamentar ligado à pauta da educação e aliado de Elmano no Estado, reiterou, no entanto, apoiar o movimento da greve. Ele destacou ainda que a possibilidade de greve está consagrada na Constituição Federal e fez um apelo para o Governo negociar com os sindicatos das universidades.

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