Cientistas dos Estados Unidos e de Londres descobriram que o consumo excessivo de sal pode prejudicar o microbioma intestinal, um efeito adverso que se soma aos já conhecidos males do sódio. O estudo, publicado na revista Hypertension, revelou que a ingestão exagerada de sódio suprime micróbios benéficos no intestino, o que pode dificultar a regulação da pressão arterial.
Os pesquisadores explicam que os compostos benéficos do intestino, importantes na redução de inflamações e na saúde metabólica geral, são reduzidos com o consumo elevado de sal. Isso resulta na diminuição de micróbios saudáveis e no aumento de micróbios nocivos, além de reduzir a diversidade microbiana e os ácidos graxos de cadeia curta, fundamentais para a saúde intestinal.
A equipe destaca que pessoas que consomem menos sódio produzem mais compostos benéficos, os quais ajudam a manter a pressão arterial regulada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos consumam menos de 2 gramas de sódio por dia para manter uma dieta saudável.
No entanto, o perigo não reside apenas no sal de cozinha. O sódio está presente em muitos alimentos ultraprocessados, como frios, pães e macarrão instantâneo, que são frequentemente consumidos no dia a dia. Esses alimentos podem levar a um consumo excessivo de sal sem que as pessoas percebam, afetando diretamente o microbioma intestinal e aumentando o risco de hipertensão, ataques cardíacos e derrames.
“As relações entre a ingestão de sódio, ácidos graxos fecais de cadeia curta e pressão arterial fornecem informações importantes sobre a causa da hipertensão”, escrevem os pesquisadores no estudo. A diminuição de micróbios saudáveis no intestino, juntamente com o aumento de micróbios nocivos e a redução dos ácidos graxos de cadeia curta, são alguns dos efeitos destacados pelos cientistas como consequências do consumo excessivo de sal.
Essa descoberta reforça a importância de moderar a ingestão de sódio para preservar a saúde intestinal e evitar problemas cardiovasculares.
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