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Revisão de rendimentos do FGTS passa por julgamento no STF

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Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (12), o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento sobre a revisão dos rendimentos do FGTS, um tema adiado desde abril. A questão central é a atualização do índice de correção das contas do fundo, que está em debate desde novembro de 2023, quando o ministro Cristiano Zanin pediu mais tempo para análise. O processo voltou à pauta em março e deveria ter sido julgado no início de abril, mas foi novamente adiado.

Até o momento, três ministros votaram pela inconstitucionalidade da Taxa Referencial (TR) como índice de correção do FGTS. O relator, Luís Roberto Barroso, juntamente com os ministros André Mendonça e Nunes Marques, apoiam a mudança. Barroso argumenta que o rendimento do FGTS não deve ser inferior ao da poupança, propondo que a partir de janeiro de 2025, o fundo deve render, pelo menos, o mesmo que a poupança.

Atualmente, o FGTS é corrigido pela TR, que é quase nula, acrescida de 3% ao ano, enquanto a poupança rende 6,15% ao ano. O baixo rendimento do FGTS é uma preocupação, e a revisão proposta visa aumentar a rentabilidade das contas dos trabalhadores.

A Advocacia-Geral da União (AGU) sugeriu manter a rentabilidade atual, mas propôs a utilização do IPCA para corrigir os depósitos futuros, caso o rendimento fique abaixo da inflação. A AGU busca uma solução que satisfaça tanto o governo quanto as centrais sindicais.

O julgamento foi iniciado após uma ação proposta pelo partido Solidariedade em 2014, questionando o índice de correção do FGTS. Se o STF decidir pela mudança, isso resultará em uma maior rentabilidade para os trabalhadores, mas também poderá impactar os cofres públicos.

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Todos os trabalhadores com carteira assinada têm direito ao FGTS, com o empregador depositando 8% do salário bruto mensalmente. Esse fundo pode ser sacado em casos específicos, como demissão sem justa causa, doenças graves, aposentadoria ou compra de imóvel.

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