O ator José Aldanísio Paiva da Silva e a influenciadora Regina Jorge Belo da Fonseca, que foram presos nesta quinta-feira (13) em Fortaleza, sob suspeita de desviar doações destinadas às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul (RS) costumavam publicar em suas redes sociais as experiências artísticas da própria carreira. O casal é acusado de criar chaves Pix falsas para fraudar campanhas de arrecadação de donativos.
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José Aldanísio Paiva é conhecido por suas atuações em filmes como “Cine Holliúdy” e “Bezerra de Menezes: O Diário de Um Espírito”, além de participar de curtas-metragens e comerciais de TV. Em 2023, ele lançou o livro “Cordel Vivo – A Arte de Aldo Anísio”, que apresenta dois cordéis e fazia parte de suas apresentações em feiras culturais no Ceará.
Regina Belo, namorada de Aldanísio, é apresentadora de rádio e influenciadora digital com 26 mil seguidores. Em seu perfil nas redes sociais, ela compartilha entrevistas, dicas de saúde e estética, além de sua rotina diária. Já Aldo costumava divulgar trechos de apresentações como recitador de cordel. O nome dele aparece no elenco do filme “Onde Nascem os Bravos” (2017). Na produção, ele é o personagem Setepele. Uma das últimas postagens feitas nos stories da influenciadora, e compartilhado por Aldo, foi em alusão ao Dia dos Namorados.
Durante as buscas realizadas pela polícia na residência do casal, foram encontrados diversos documentos falsos, utilizados para abrir contas bancárias e realizar estelionatos virtuais. Os dois foram autuados em flagrante por falsificação de documentos.
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Ator e influenciadora presos em Fortaleza
Segundo investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o casal criou 235 chaves Pix distintas para desviar dinheiro de várias campanhas de arrecadação. Apenas em maio, novas chaves eram geradas diariamente. Eles encontravam campanhas legítimas nas redes sociais e alteravam as chaves Pix, desviando os fundos para suas contas falsas.
Entre as campanhas prejudicadas estão as das influenciadoras Paola Saldívia e Deise Falci, que arrecadavam fundos para cuidar de animais resgatados das enchentes. As influenciadoras perceberam o golpe após seguidores reportarem que os valores doados estavam indo para destinatários errados.
Operação Doppelganger
A operação, denominada “Doppelganger” em referência ao folclore alemão sobre duplicatas de pessoas, foi realizada em colaboração com a Polícia Civil do Ceará. Esta ação faz parte da “Operação Dilúvio Moral”, que visa combater crimes virtuais explorando a situação das enchentes no Rio Grande do Sul.
Até agora, a DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) já analisou mais de 60 casos, com cerca de 70% concluídos, resultando na instauração de mais de 30 inquéritos. A polícia também conseguiu remover 71 páginas e contas criminosas, prevenindo um enriquecimento ilícito de dezenas de milhares de reais. As investigações continuam para responsabilizar todos os envolvidos neste esquema fraudulento.
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