João Vieira premeditou o assassinato da ex-mulher, com quem foi casado por 20 anos e teve três filhos
Homem é condenado a quase 28 anos de prisão por matar de ex-esposa no Ceará
João Vieira Cavalcante Júnior, acusado de matar a técnica de enfermagem Maria Gomes de Lima, de 44 anos, ex-esposa dele, foi condenado a 27 anos, 11 meses e 15 dias de prisão pelo assassinato da vítima. O julgamento ocorreu na segunda-feira (17), em Crateús, no Ceará.
O Conselho de Sentença da Vara Única Criminal da Comarca de Crateús determinou que João Vieira cumprirá a pena inicialmente em regime fechado, sem possibilidade de recorrer da decisão em liberdade.
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Conforme a denúncia, João Vieira premeditou o assassinato da ex-mulher, com quem foi casado por 20 anos e teve três filhos. O casal já havia se separado várias vezes, mas o homem, movido por ciúmes e um sentimento de superioridade, nunca aceitava o fim da relação.
Em agosto de 2020, o acusado monitorou a saída de Maria Gomes do hospital onde ela trabalhava durante a pandemia de Covid-19. Após seu plantão noturno, Maria foi abordada pelo ex-companheiro e atingida por disparos de arma de fogo enquanto estava em uma moto conduzida por seu filho. João Vieira fugiu do local com a ajuda de um amigo que pilotava uma motocicleta. Mesmo sendo alvo de buscas pela polícia, ele permaneceu escondido no Piauí por quatro meses. Em interrogatório, afirmou que não sabia que o tiro havia atingido a ex-esposa.
As autoridades evidenciaram que, oito anos antes, em 2012, João Vieira já havia tentado matar Maria utilizando uma arma branca. Além disso, poucos dias antes do crime, um ex-namorado de Maria registrou um boletim de ocorrência contra João, alegando que ele incendiou seu carro por acreditar que o relacionamento ainda estava sendo mantido.
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A sessão de julgamento, presidida pelo juiz Felippe Araújo Fieni, destacou três qualificadoras para a condenação de João Vieira: motivo torpe, emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, e feminicídio, em contexto de violência doméstica e familiar.
Quanto ao amigo que ajudou na fuga, Francisco Neyvisson Pereira, os jurados reconheceram sua participação no crime, mas exerceram juízo de clemência, resultando em sua absolvição.
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