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Pacientes com fibromialgia enfrentam dificuldades para ter acesso a tratamentos

Pacientes com fibromialgia enfrentam dificuldades para ter acesso a tratamentos

Foto: Reprodução

Dores por todo o corpo, sono que não proporciona descanso, mau humor, fadiga são apenas alguns dos sintomas relatados por aqueles que sofrem de fibromialgia, uma condição de saúde muitas vezes invisível aos olhos da sociedade e com difícil acesso a tratamentos. Em Fortaleza, um marco significativo foi alcançado com a aprovação do Projeto de Lei 04-34 de 2023 pela Câmara Municipal, que equipara os portadores dessa doença às pessoas com deficiência.

A iniciativa agora aguarda a sanção do prefeito José Sarto, prometendo trazer alívio para indivíduos como a confeiteira Sandra Mary, que lida com os sintomas há mais de duas décadas. “As dores eram nos nervos, nos músculos, por todo o corpo, com muita dor de cabeça, com muita irritabilidade. Eu ficava muito, muito cansada. Eu não conseguia nem andar direito”, desabafa Sandra, destacando a complexidade de conviver com uma condição que frequentemente limita as atividades diárias e que impacta no trabalho.

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A fibromialgia, caracterizada por dor generalizada e sensibilidade nos musculos e tendões, afeta pelo menos 3% da população brasileira. Além das dores a síndrome também pode causar rigidez muscular, fadiga, confusão mental e transtorno do sono. O diagnóstico é desafiador, uma vez que o distúrbio não é detectado por exames convencionais de imagem, como ressonância ou tomografia.

Pacientes com fibromialgia têm dificuldades para acessar os tratamentos

O problema causa dores e desconfortos com duração superior a três meses e que podem sumir e voltar, de acordo com alguns gatilhos, como estresse, o desenvolvimento de doenças ou o acontecimento de eventos traumáticos. A fibromialgia se manifesta através de dores pelo corpo e não tem uma faixa de idade certa para aparecer.

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A assessora parlamentar, Carlota Arruda, que recentemente foi diagnosticada após anos de sintomas não identificados, relata: “Eu sentia muitas dores e essas dores me causavam estranheza porque eram dores em diversas partes do corpo. Uma hora estava no joelho, uma hora estava na mandíbula, ombro, muita enxaqueca, tontura, eu suava de forma excessiva.”

Para muitos, como Sandra e Carlota, a jornada é marcada por períodos de piora e melhora, frequentemente influenciados por fatores emocionais. “Tem uma relação bem importante com o emocional desses pacientes, daí tem essa correlação com a parte psicológica”, explica o médico neurologista Caubi Ferreira.

A aprovação do projeto de lei em Fortaleza segue uma tendência nacional, onde diversos estados já reconhecem a fibromialgia como uma condição equiparável à deficiência, proporcionando melhor acesso a cuidados médicos especializados.

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