Na segunda-feira (17), o senador Eduardo Girão (Novo) promoveu uma encenação sobre o aborto durante sessão na casa
“Por que não encena estupro?”, questiona parlamentar após encenação de aborto no Senado
A senadora Soraya Thronicke (Podemos) questionou a encenação de aborto feita no Senado Federal, na última segunda-feira (17) – “por que não encena estupro?”, perguntou ela. A ação da segunda-feira foi promovida pelo senador cearense Eduardo Girão (Novo).
“Eu queria até o telefone, o contato daquela senhora que esteve aqui ontem encenando aquilo que nós vimos. Sabe por quê? Porque eu quero ver ela encenando a filha, a neta, a mãe, a avó, a esposa de um parlamentar sendo estuprada. Eu quero que ela faça a encenação do estupro agora. Por que não se encenar um homicídio aqui ontem?”
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Senadora questiona sobre estupro após encenação de aborto
Nyedja Gennari, conhecida nas redes sociais como contadora de histórias, escritora, professora e arte-educadora, foi convidada por Eduardo Girão para interpretar um texto contrário à assistolia fetal como método de aborto legal. O ato aconteceu durante uma audiência no Senado que debateu o procedimento.
Na ocasião, ela narrou um texto fictício sobre um suposto feto no dia em que foi submetido ao procedimento de assistolia fetal. Em uma performance de cerca de cinco minutos, ela concluiu dizendo: “Essa história, embora trágica e dolorosa, é um chamado à reflexão para que todos compreendam a seriedade e as consequências do aborto”.
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Questionado durante entrevista coletiva sobre a possível irritação de Rodrigo Pacheco com a encenação, Eduardo Girão afirmou não estar em uma ditadura. “Olha, eu já fiz muitas audiências aqui no plenário do Senado e a artista pode se expressar livremente, nós não estamos numa ditadura ainda, né, e ela se expressou da forma que ela, inclusive nós dialogamos sobre isso”, frisou o Senador.
“Eu passei mais ou menos o roteiro para ela do que seria, ela já fez outras apresentações aqui e não tem motivo nenhum, absolutamente, porque aqui é uma casa da liberdade”, afirmou sobre o convite à contadora de histórias.
De acordo com o senador, a participação da artista ocorreu de forma voluntária. “Nós fizemos um contato com ela, convidamos, o nosso gabinete chamado, ajustamos o roteiro com ela”, afirmou.
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