A partir do segundo semestre deste ano até 31 de janeiro de 2025, Fortaleza e as cidades da Região Metropolitana não receberão as águas provenientes do Açude Castanhão, o maior reservatório do Ceará. A decisão foi aprovada nesta segunda-feira (24) e estabelece a vedação da transferência de água do Castanhão para o Sistema Integrado Metropolitano, que envolve os Açudes Pacoti, Riachão e Gavião.

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A paralisação do abastecimento de água se deve ao bom aporte acumulado nas reservas, resultado das chuvas e previsão de uso. A decisão foi acordada na 117ª Reunião Ordinária do Conselho de Recursos Hídricos do Ceará (Conerh), realizada na sede da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) em Fortaleza. O Secretário Executivo dos Recursos Hídricos, Ramon Rodrigues, afirmou que, apesar dos bons números acumulados, é necessário manter a cautela.

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Acumulado dos Açudes em 24 de Junho:

• Açude Castanhão: 35,89%
• Açude Pacoti: 99,28%
• Açude Riachão: 98,80%
• Açude Gavião: 89,26%

Em janeiro de 2024, após cinco anos sem essa dinâmica, a Região Metropolitana de Fortaleza voltou a receber as águas do Castanhão via Eixão das Águas. Na época, o prognóstico indicava uma grande probabilidade de chuvas abaixo da média, levando o Governo do Estado a prever um ano de seca e a necessidade do reforço hídrico do Castanhão para garantir o abastecimento.

O prognóstico divulgado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) em janeiro previa, para os meses de fevereiro, março e abril, uma maior tendência de 45% de chuvas abaixo da média, com a grande possibilidade de influência do El Niño, um fenômeno de aquecimento do oceano Pacífico, que poderia gerar um ano de seca no Ceará. No entanto, fevereiro e março registraram chuvas acima da média.

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