A insegurança e a violência têm se tornado uma constante na vida dos moradores de Fortaleza. A reportagem da TV Cidade iniciou um percurso pelo bairro Cidade dos Funcionários, onde, na praça da Igreja da Glória, no cruzamento das avenidas Oliveira Paiva e Desembargador Gonzaga, foi encontrada uma viatura da Polícia Militar. Apesar da presença policial, muitos cidadãos ainda se sentem inseguros em andar pela cidade.
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“Eu já fui assaltada quatro vezes. Quatro vezes. Lá onde eu moro”, relatou a copeira Cleo Alves. moradora do Parque Santa Maria, no bairro Messejana. “Já deixei de sair cedo para trabalhar por conta da insegurança.”
Pontos de ônibus são frequentemente alvos de criminosos, e histórias de violência se acumulam. “Fim de semana agora, não fui para uma festinha perto de casa com medo, porque na proximidade houve vários eventos violentos”, compartilhou a aposentada Eremita Barbosa, que largou o emprego devido ao medo. “Eu estava trabalhando no Luciano Cavalcante, mas não vou mais. Lá tem muitos assaltos e as paradas de ônibus são inseguras.”
Deixando a Cidade dos Funcionários, a reportagem seguiu para o bairro Barroso, onde não foi avistada nenhuma viatura policial nas ruas. Nas periferias de Fortaleza, o acesso aos serviços públicos é precário, e mesmo os espaços comunitários, como a areninha do Jardim Violeta, não estão livres da violência. Recentemente, uma tentativa de chacina no local resultou na morte de uma mulher e uma criança de 10 anos, além de deixar oito feridos. Balões pretos e brancos na areninha simbolizam o luto e o pedido por paz.
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Sensação de medo por causa da violência assusta moradores
Enquanto a equipe da TV esteve no local, não havia presença policial. “Sair de casa se tornou atividade de risco”, desabafou um morador. “Essa pracinha era para diversão, mas agora ficou perigosa.”
No bairro Lagoa Redonda, a ausência de viaturas também é evidente. “No momento, não vejo policiais. Isso traz insegurança”, afirmou o morador identificado por Roberto, testemunha da violência na região. “Não me sinto seguro em lugar nenhum de Fortaleza. A gente vê a violência e o descaso do governo diariamente.”
Para o sociólogo Artur Pires, as políticas públicas de segurança são insuficientes e mal direcionadas. “A atuação das polícias foca na repressão, mas negligencia a prevenção e o diálogo com áreas da cultura, educação e lazer.”
Em todas as regiões da cidade, o medo de ser a próxima vítima é crescente. Sem ter a quem recorrer, muitos moradores depositam sua confiança no divino. “Não coloco medo, coloco Jesus na frente e ele sempre vai me protegendo”, concluiu uma moradora.
A violência e a insegurança seguem como desafios diários para os fortalezenses, que esperam por ações efetivas das autoridades para garantir a paz e a segurança que tanto necessitam.
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