Nos últimos anos, o Ceará tem intensificado as ações de combate à exploração sexual infantojuvenil, apesar da persistência dos criminosos, sobretudo através da internet. O aumento significativo no número de denúncias reflete esse esforço. Ao todo nove operações já foram realizadas no Ceará no decorrer deste ano.
As penas para os infratores variam de 4 a 10 anos de reclusão, evidenciando a gravidade de delitos contra a dignidade da população de crianças e adolescentes.
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O delegado federal Victor Fernandes, aponta a complexidade das condutas criminosas que envolvem exploração sexual infanto-juvenil. “A gente tem os crimes de compartilhar e armazenar, que são dois, mas são muito parecidos. A gente tem o crime de produzir esse material aí numa escalação de menor para o maior”, explica.
Em 2023, foram deflagradas 15 operações no estado, um número que tende a crescer em 2024, conforme afirmam a Polícia Civil e a Polícia Federal. “As pessoas estão denunciando mais, existe esse aumento da denúncia também e também os meios de combate, a tecnologia, enfim, os meios que a polícia dispõe hoje para combater esse tipo de crime também estão em evolução e isso acaba gerando mais ocorrência”, afirma Carlos Alexandre, responsável pela Delegacia de Combate à exploração da criança e do adolescente (Dceca).
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As operações são dirigidas pela Polícia Federal quando os casos são em escala internacional, e envolvem situações como o compartilhamento de conteúdo sexual via internet.
Em Fortaleza, a Casa da Criança e do Adolescente, em funcionamento contínuo, já atendeu mais de 23 mil ocorrências desde a inauguração, com maior incidência de casos de violência sexual e psicológica.
As autoridades reforçam que a denúncia é a principal forma de combate ao crime, incentivando o uso de plataformas como o Comunica PF e o Disque 100 para reportar atividades suspeitas. “O importante é denunciar e as autoridades vão distribuir aquele trabalho para quem de fato tiver que fazer a investigação”, conclui Victor.
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