O Palácio da Abolição realizou nesta quinta-feira (27) uma solenidade em comemoração ao Bicentenário da Confederação do Equador. O evento reuniu autoridades e estudantes para celebrar o movimento revolucionário que, em 1824, se destacou nos sertões nordestinos contra a opressão monárquica do imperador Dom Pedro I. A cerimônia marcou o início de uma programação comemorativa que se estenderá até 2025.
A solenidade iniciou com a entrega da medalha Padre Mororó a diversas personalidades, seguida por uma aula magna ministrada pelo professor e escritor Filomeno Moraes, da Universidade Estadual do Ceará (Uece). A programação focou em relembrar os ideais de independência e justiça que inspiraram o movimento.
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Representando o governador Elmano de Freitas, o assessor especial de Assuntos Municipais, Artur Bruno, enfatizou a importância da valorização histórica. “Uma sociedade que no presente não valoriza a sua história não terá futuro. Nós temos que saber quem somos, qual é a nossa identidade, por qual motivo chegamos aonde chegamos, evoluímos e temos que continuar evoluindo em todos os aspectos. É isso que nós fazemos”, afirmou Bruno.
Já a titular da Secult, Gecíola Fonseca, ressaltou a relevância do movimento para a construção do Brasil. “Nossa terra sempre foi fértil para a produção cultural e intelectual, e também para o fornecimento de ideias e movimentos que visam o bem comum. Este momento simboliza a contribuição do Ceará para a preservação dos ideais de justiça, democracia e liberdade que guiaram os que lutaram na Confederação do Equador, dentre eles, Padre Mororó e Bárbara de Alencar”, disse Fonseca.
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Saiba mais sobre o Bicentenário da Confederação do Equador
O Ceará, ainda província, foi um dos protagonistas do movimento que começou em Pernambuco e se expandiu para o Rio Grande do Norte e a Paraíba. A Confederação teve como um de seus principais mentores o padre católico e jornalista cearense Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Mello, conhecido como Padre Mororó. Este revolucionário lançou o primeiro jornal da província, o Diário do Governo do Ceará, em 1824, e foi um fervoroso defensor da república antes de ser preso e executado em Fortaleza.
O ex-governador Lúcio Alcântara, um dos homenageados com a medalha Padre Mororó, destacou a importância da memória histórica. “O nordestino, pela sua altivez, tem prestado um enorme serviço à pátria. O Nordeste tem que se orgulhar disso, tem que lembrar disso, tem que festejar isso. A nossa participação na história do Brasil, antiga e recente, é valiosa, é substantiva e nós temos que ter orgulho disso porque foi a custo de heróis, conhecidos e anônimos, que ajudaram a fazer a grandeza do Brasil”, afirmou.
A diretora do Museu do Ceará, Raquel Caminha, também homenageada, expressou sua emoção. “Receber essa medalha, para o Museu do Ceará e a Secretaria da Cultura, além de uma honra, é um reconhecimento a todas as mulheres que ajudam a construir o nosso estado de uma forma mais justa, mais igualitária e mais humana. Nós vamos ter uma programação diversa junto ao Arquivo Público, incluindo exposições, rodas de conversas, palestras, conferências e repreensões de livros que relembram esse fato histórico”, detalhou.
Carlos Brasil, presidente do Sintaf, destacou o exemplo de resistência do movimento. “A Confederação é emblemática, do ponto de vista dos servidores públicos e dos trabalhadores, como um exemplo de um bom combate por ideais”, disse Brasil.
Lista de homenageados com a Medalha Padre Mororó:
– Governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas
– Ex-governador Lúcio Alcântara
– Presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão
– Presidente do Instituto do Ceará, general Júlio Lima Verde
– Deputado Federal Idilvan Alencar
– Deputados Estaduais De Assis Diniz e Renato Roseno
– Assessor Especial de Assuntos Municipais do Governo, Artur Bruno
– Diretora do Arquivo Público do Estado, Janaina Ilara
– Diretora do Museu do Ceará, Raquel Caminha
– Diretor de Organização do Sindicato dos Fazendários do Ceará, Carlos Brasil
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