O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao falar sobre políticas de educação em âmbito federal, disse que “se alguém quiser fazer escola cívico-militar, que faça, mas não atrapalhe a educação pública nesse país”. A declaração foi feita nesta quarta-feira (26), durante o envio ao Congresso Nacional do novo Plano Nacional de Educação.
A fala vem na esteira de medidas polêmicas do governo paulista, tocado por Tarcísio de Freitas. O governador, que vem apostando na ampliação do modelo de educação com escolas cívico-militares em São Paulo, publicou resolução na última quinta-feira (20) prevendo que os estudantes terão aulas sobre política ministradas por policiais militares da reserva.
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Conforme o texto publicado na última semana, os agentes aposentados apresentarão temas como “a diferença entre as funções de vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidentes”.
Lula fala sobre modelo de escola cívico-militar no Brasil
Na ocasião da entrega do Plano Nacional de Educação, Lula ainda reforçou a importância do diálogo com os parlamentares, para as votações de projetos de interesse do governo no Parlamento. “Quero agradecer aos deputados, acho que a gente tem que ter uma interação muito forte com os nossos deputados e deputadas, com o nosso ministro de Coordenação Política”, disse ele, em alusão a Alexandre Padilha, que intermedia as discussões com os parlamentares no Congresso.
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Programa de escolas cívico-militares
Em julho do ano passado, o governo federal formalizou o encerramento do programa das Escolas Cívico-Militares (Pecim), que havia sido criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O Ministério da Educação (MEC), chefiado por Camilo Santana (PT), enviou um ofício aos secretários de Educação informando sobre o fim do programa e destacando a necessidade de uma transição cuidadosa para não comprometer o cotidiano das escolas.
O Pecim era uma das principais iniciativas na área da educação durante o governo de Jair Bolsonaro. O programa era executado em parceria entre o MEC e o Ministério da Defesa, contando com a participação de militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares. O objetivo era promover a gestão compartilhada entre militares e educadores nas escolas.
Com informações da Agência Brasil.