A ocorrência da tarde deste sábado (29) eleva para três o número de incêndios registrados em Fortaleza em um intervalo de menos de 10 dias, no mês de junho. Na ocasião, uma bituca de cigarro descartada de modo irregular fez o fogo se alastrar em um galpão de reciclagem na Avenida Francisco Sá, no bairro Carlito Pamplona.
Dois dias atrás, na última quinta-feira (27), um outro incêndio foi registrado em uma loja no Centro, durante a noite, completamente destruindo o interior do estabelecimento comercial e atingindo ainda outras lojas do entorno. Já no último dia 20, quinta-feira anterior, um incêndio tomou o plenário da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
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Assembleia
Conforme informado, por volta do meio-dia do último dia 20 foi avistada fumaça saindo do plenário da Alece, na Avenida Desembargador Moreira. A área foi imediatamente isolada e os bombeiros começaram a combater as chamas. Além da equipe de bombeiros da própria Assembleia, outras sete viaturas de combate ao fogo e de salvamento foram enviadas ao local.
Servidores saíram dos gabinetes e diferentes áreas administrativas da casa. A Polícia Militar interditou o trecho da Avenida Desembargador Moreira, entre a Avenida Pontes Vieira e a Rua Francisco Holanda.
O incêndio não teve vítimas graves. Algumas pessoas foram atendidas em decorrência da inalação da fumaça.
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A Assembleia Legislativa informou, por meio de nota oficial, que toda a Companhia de Bombeiros da Alece, composta por 32 bombeiros, atuou contando com reforço de sete viaturas do Corpo de Bombeiros, dentre elas de combate a incêndio, salvamento e atendimento pré-hospitalar.
As primeiras suposições de que o incêndio teria começado na cantina não foram confirmadas. Em uma coletiva de imprensa, o presidente da Alece, Evandro Leitão, afirmou que prefere aguardar o resultado da perícia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) para determinar a causa exata do incêndio. Ele não descartou a possibilidade de ação criminosa, mas espera que tenha sido uma fatalidade.
Leitão também enfatizou que a Assembleia tem contratos de manutenção predial, ar-condicionado, e prevenção, garantindo que o incidente não ocorreu por falta de manutenção. “O que posso garantir é que temos um contrato de manutenção predial, contrato de ar-condicionado, de prevenção e manutenção corretiva”, pontuou. “Uma coisa posso garantir: não foi por falta de manutenção, não foi por falta de atenção, não foi por falta de investimento que aconteceu essa situação.”
Centro
Um incêndio registrado na noite da última quinta-feira (27) em uma loja no Centro de Fortaleza levantou fogo e fumaça que podia ser visto a distância. Conforme os profissionais do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), foram mais de três horas de combate, para apagar as chamas. A corporação foi acionada às 19 horas e a primeira equipe chegou ao local por volta das 19h15min. Mais de 50 profissionais e 10 viaturas participaram da operação.
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Para ajudar no combate às chamas, pelo menos cinco caminhões da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) foram enviados ao local. Por segurança, a Enel Ceará desligou o fornecimento de energia em parte da área afetada após o incidente.
As chamas do incêndio também comprometeram parte do salão paroquial da centenária Igreja do Patrocínio, fazendo com que as missas fossem canceladas. Apesar do cancelamento das missas no santuário, a parte interna não foi afetada pelo incêndio.
A Defesa Civil de Fortaleza interditou o local na sexta-feira (28), como medida de segurança. Em virtude de trechos das ruas General Sampaio e Guilherme Rocha terem ficado interditados, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) também realizou desvios de linhas de ônibus que passam pelas áreas afetadas.
Galpão de reciclagem
Na tarde deste sábado (29), foi registrado um incêndio em um galpão de reciclagem na Avenida Francisco Sá, no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza, por volta das 16h. O fogo teria sido causado por uma bituca de cigarro descartada de forma irregular por um funcionário enquanto manuseava equipamentos.
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Conforme o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), a 1ª Companhia do 1º Batalhão apagou as chamas em cerca de 25 minutos, consumindo cerca de 4 mil litros de água. O 1º tenente Bruno Góes explica que a guarnição do 1º socorro avistou uma densa nuvem de fumaça preta à distância. Ao chegarem ao local, os bombeiros militares se depararam com o incêndio se alastrando pelos materiais empilhados. Não houve registro de vítimas.
Diante dos indícios de um possível crime ambiental, o tenente solicitou o apoio da Polícia Militar do Ceará (PMCE), que então enviou uma equipe. Enquanto os bombeiros trabalhavam para debelar o incêndio, os policiais iniciaram a apuração dos fatos junto ao proprietário da empresa.
Durante a averiguação policial, o proprietário relatou que o incêndio teria sido provocado acidentalmente por um funcionário ao descartar inadequadamente uma bituca de cigarro enquanto manuseava os materiais. Após ouvir o depoimento e analisar a situação, o policial mais antigo da equipe concluiu não haver elementos suficientes para caracterizar um crime ambiental, optando por não dar prosseguimento ao caso.