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Lançamento do Plano Real completa 30 anos nesta nesta segunda-feira (1º)

Brasileiros têm R$ 8,53 bilhões em valores esquecidos no sistema financeiro

Foto: Divulgação

O lançamento do Plano Real completa 30 anos nesta segunda-feira (1º). O projeto tinha como objetivo estabilizar a economia do Brasil após um longo período de inflação. Inicialmente, o programa foi recebido com desconfiança, após o fracasso de planos anteriores, como o congelamento de preços e salários e o confisco de parte da poupança da população, que agravaram o cenário econômico do país.

Contudo, para não repetir os mesmos erros, o governo adotou uma abordagem distinta, mais abrangente e estruturada, cujo foco era atingir soluções a longo prazo. O plano iniciou com a introdução de uma moeda virtual, a URV (Unidade Real de Valor), destinada a estabilizar preços e salários, prevenindo o país dos impactos severos de mudanças abruptas na política monetária. Posteriormente, a URV foi convertida no real, nossa moeda atual.

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A chegada do real, em 1º de julho de 1994, marcou uma revolução no cenário inflacionário do Brasil, que havia atingido 4.922% nos doze meses até junho daquele ano, pouco antes do lançamento da nova moeda. Em um ano, a inflação, que encerrou 1994 em 916%, despencou drasticamente para 22% em 1995.

Desde então, apesar das crises internacionais e domésticas que testaram a estabilidade econômica, a inflação acumulada em 12 meses superou os 9% em poucas ocasiões. Em contraste, a inflação de 4,6% registrada em 2023 serve como referência para comparação.

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A moeda mais longeva do Brasil

O real se consolidou como a moeda mais longeva do Brasil, amenizando os efeitos da hiperinflação entre as décadas de 1980 e 1990. O Plano Real reduziu os índices de pobreza no Brasil, proporcionando melhorias na qualidade de vida da população. A estabilidade econômica viabilizada pela nova moeda permitiu ao país atrair investimentos, gerar empregos e implementar programas sociais de maneira mais eficiente, aproveitando o maior controle sobre as finanças públicas.

Construção do plano

Diante das tentativas frustradas de controlar a inflação no Brasil, em 1993, a equipe do Ministério da Fazenda sob a liderança do então presidente Itamar Franco iniciou uma análise crítica das abordagens anteriores. O objetivo era formular um plano que pudesse efetivamente transformar a realidade econômica do Brasil. Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, foi encarregado dessa missão crucial, se tornando o terceiro a ocupar o cargo durante o governo de Itamar Franco.

Em suma, a execução do Plano Real se dividiu em três partes:

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