A 23ª edição da Parada pela Diversidade Sexual de Fortaleza transformou a avenida Beira Mar em um grande palco de celebração e luta no último domingo (30). O evento, que é a segunda maior marcha do Brasil em defesa dos direitos das populações LGBTQIAPN+, reuniu cerca de um milhão de pessoas.
Oito trios elétricos embalaram o público durante o percurso de aproximadamente dois quilômetros. Pelo menos 18 atrações, incluindo cantoras e DJs de diversas identidades de gênero e orientações sexuais, se apresentaram. Artistas locais também participaram, contribuindo para a diversidade e a energia da festa.
O evento foi organizado pelo Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), que desde a primeira edição, em 1999, está à frente da Parada. O trio do Grab abriu o trajeto, marcando o início das atividades.
A concentração começou às 13 horas, em frente à Barraca d’O Joca, com a abertura oficial às 15 horas. O tradicional momento dedicado às falas públicas da militância LGBTQIAPN+ deu o tom do tema deste ano: “Radicalizar para existir; votar para ocupar”. A temática foi escolhida pelos movimentos sociais para destacar a importância do voto da comunidade LGBTQIAPN+ e a necessidade de aumentar a representatividade nos cargos públicos.
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Dediane Souza, jornalista, pesquisadora e ativista dos direitos humanos, foi a madrinha da Parada deste ano. Em seu discurso, ela ressaltou a importância do evento como uma manifestação de resistência e reivindicação. “A importância maior da parada, do dia de hoje, é dizer que a gente está viva, a gente está resistindo, mas a gente está reivindicando também melhoria nas nossas vidas cotidianas. A gente está na quebrada, a gente está nas favelas. A gente está no Sertão, então a gente precisa cada vez mais ocupar os lugares institucionais com os nossos corpos, com as nossas identidades, com as nossas cores do arco-íris e também reivindicando outras disputas”, afirmou Dediane Souza.
A Parada pela Diversidade Sexual de Fortaleza não é apenas uma festa, mas um ato político que visa dar visibilidade às demandas da comunidade LGBTQIAPN+, promovendo inclusão, respeito e igualdade.
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