NEURALGIA DO TRIGÊMEO BILATERAL

Brasileira com ‘a pior dor do mundo’ busca eutanásia na Suíça

Após quatro cirurgias e diversas tentativas de tratamento, Carolina anunciou em suas redes sociais que decidiu buscar a eutanásia

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3 de julho de 2024
Portal GCMAIS

A brasileira Carolina Arruda, de 27 anos, enfrenta há 11 anos a neuralgia do trigêmeo bilateral, uma condição extremamente dolorosa descrita como “a pior dor do mundo”. Após quatro cirurgias e diversas tentativas de tratamento, Carolina anunciou em suas redes sociais que decidiu buscar a eutanásia. Como esse procedimento não é legalizado no Brasil, ela está buscando recursos para realizá-lo na Suíça.

Brasileira com ‘a pior dor do mundo’ busca eutanásia na Suíça
Foto: Reprodução

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“A dor que sinto é comparável a choques elétricos de intensidade extrema, equivalentes ao triplo da carga de uma rede de 220 volts, atravessando meu rosto constantemente, sem aviso e sem trégua. E o que torna minha situação ainda mais desafiadora é que afeta ambos os lados do meu rosto”, conta Carolina.

“Viver com dor crônica severa e incessante impacta todos os aspectos da minha vida. A dor é tão intensa que torna impossível realizar tarefas simples do dia a dia, manter relacionamentos ou até mesmo encontrar prazer em atividades que antes eram parte da minha rotina. Cada dia é uma batalha constante e exaustiva”, lamenta a estudante de veterinária.

Ela depende da ajuda do marido até mesmo para tomar banho e não consegue ficar em pé por mais do que alguns minutos. “A esperança de uma vida sem dor tem se tornado cada vez mais distante, e a qualidade de vida, praticamente inexistente.”

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Após quatro cirurgias e diversas tentativas de tratamento, incluindo uso de anticonvulsivantes, analgésicos opióides e antidepressivos, Carolina não encontrou alívio para sua condição.

“Depois de esgotar todas as opções médicas disponíveis e enfrentar uma dor insuportável diariamente, tomei a difícil decisão de buscar a eutanásia como uma forma de encerrar meu sofrimento de maneira digna. A instituição Dignitas, na Suíça, é uma das poucas no mundo que oferece essa opção para pessoas com doenças incuráveis e debilitantes. No entanto, o custo desse procedimento é bastante elevado. A estimativa é que o total necessário, incluindo os custos de viagem e médicos, ultrapasse 150 mil reais”, contou nas redes.

Em um vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram, Carolina apelou por ajuda para arrecadar os fundos necessários. “Eu não tenho absolutamente nenhuma qualidade de vida, sinto dores 24 horas por dia e essas crises são quase diárias. Me ajude a alcançar meu último desejo: morrer com dignidade.”

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