A cesta básica de Fortaleza apresentou uma deflação de 1,77% em junho de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O custo da cesta, que inclui 12 itens essenciais, caiu de R$ 709,90 em maio para R$ 697,33 em junho, representando um alívio temporário no orçamento dos consumidores.
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A redução nos preços foi impulsionada por diminuições em diversos produtos. A farinha de mandioca registrou a maior queda, com um recuo de 4,42%. O tomate teve uma redução de 3,73%, seguido pelo feijão (-3,49%), banana (-3,35%), carne (-2,23%) e açúcar (-1,53%). Esses itens foram os principais responsáveis pela deflação observada no mês.
No entanto, mesmo com a deflação mensal, o trabalhador de Fortaleza precisou destinar 108 horas e 39 minutos de sua jornada mensal para adquirir a cesta básica. Considerando o salário mínimo nacional de R$ 1.412,00, o custo da cesta representou 53,39% do salário líquido, após os descontos da Previdência Social. Para uma família padrão, composta por dois adultos e duas crianças, o valor mensal necessário para a alimentação foi de R$ 2.091,99.
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A análise semestral e anual revela uma realidade mais preocupante. Nos primeiros seis meses de 2024, a cesta básica teve um aumento acumulado de 10,62%. No comparativo anual, o aumento foi de 5,47%, com o custo passando de R$ 661,16 em junho de 2023 para R$ 697,33 em junho de 2024. Produtos como o tomate (53,53%), café (25,20%), banana (16,59%) e arroz (13,01%) apresentaram os maiores aumentos no período.
Além disso, a deflação observada em junho pode ser um reflexo de fatores sazonais ou ajustes de mercado, mas não necessariamente indica uma tendência de longo prazo.
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